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Reinaldo Azevedo
Cotistas têm desempenho inferior entre universitários, mostram pesquisas. Ou: O cretinismo ideológico do petismo uspiano
A
cretinice politicamente correta vai estrilar e tentar quebrar o
termômetro para ver se acaba com a febre, como sempre. Já ouço a
gritaria, a chiadeira, mas o fato é que dois estudos demonstram que o
desempenho de cotistas nas universidades públicas é inferior ao de não
cotistas. Só no começo? Não! A diferença se estende a todo o curso.
Deve-se supor que isso possa ter algum impacto no desempenho do futuro
profissional, não é mesmo? Se o sujeito for apenas um mau filósofo,
problema dela (desde que não seja professor, é claro!). Já é mais
complicado quando abre abdômenes ou projeta pontes, não é?
Mas as
cotas vieram para ficar. É o tipo de caixa cuja tampa não pode ser
aberta. Abriu, não há jeito. É por isso que a proposta elaborada pelas
universidades estaduais em São Paulo é melhor do que a estupidez em
vigor nas universidades federais. NOTA: eu sou contra qualquer cotismo
no terceiro grau. Se aponto a superioridade do modelo paulista, é porque
o considero menos danoso do que o do PT. Adiante.
No modelo
proposto pelas universidades paulistas, os alunos que quiserem ingressar
nas universidades por meio das cotas (mescla de critérios sociais e de
cor de pele — nem negro nem branco são raças…) terão de fazer um curso
de dois anos, um “college”. Trata-se, de fato, de uma capacitação. É o
desempenho nesse college que vai determinar o ingresso ou não no curso
superior.
Adivinhem
só! Os petistas da USP saíram soltando os cachorros — e noto que há
também pessoas contrárias por bons motivos; não nesse grupo, claro!
Querem ver na USP o mesmo sistema bucéfalo implantado nas federais. Caso
se analise o abaixo-assinado (eles adoram isso!), lá estão os nomes de
sempre da esquerda chique uspiana — o submarxismo de botequim, que se
viu obrigado a trocar a luta de classes pelo arranca-rabo de minorias.
Leiam trecho da reportagem de Érica Fraga, na Folha:
Alunos de graduação beneficiários de
políticas de ações afirmativas, como cotas e bônus, têm apresentado
desempenho acadêmico pior que os demais estudantes nas universidades
públicas do país, mostram estudos recentes. As pesquisas também concluem
que a diferença de notas perdura até o fim dos cursos e costuma ser
maior em carreiras de ciências exatas.
Universitários
que ingressaram em instituições públicas federais por meio de ação
afirmativa tiraram, em média, nota 9,3% menor que a dos demais na prova
de conhecimentos específicos do Enade (Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes), que avalia cursos superiores no país. No caso das
universidades estaduais, cotistas e beneficiários de bônus tiveram nota,
em média, 10% menor.
Os dados
fazem parte de estudo recente dos pesquisadores Fábio Waltenberg e
Márcia de Carvalho, da UFF (Universidade Federal Fluminense), com base
no Enade de 2008, que pela primeira vez identificou alunos que
ingressaram por políticas de ação afirmativa.
Foram analisados os
desempenhos de 167.704 alunos que estavam concluindo a graduação nos 13
cursos avaliados em 2008, como ciências sociais, engenharia, filosofia,
história e matemática.
(…)
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