Geraldo Alckmin e Paulo Skaf: ambos o oposto do PT.
Não há dúvida alguma que Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo Skaf(PMDB)
disputam, em grande parte, o mesmo eleitorado. E que a FIESP e o PT tem
divisões históricas irreparáveis. Quem não lembra que o então presidente
da entidade, Mário Amato, declarou que se Lula ganhasse as eleições, em
1989, "800 mil empresários deixarão o país"? Anos depois, em entrevista à revista Veja, o petista confirmou que aquela frase foi decisiva para a sua derrota.
Claro que os tempos são outros e que o partido dos trabalhadores não tem
mais nada a ver com o nome e talvez esteja mesmo mais próximo de ser um
partido dos empresários, mas isto está apenas na cúpula. Como diria
Gilberto Carvalho, esta simpatia pela FIESP não vai "gotejar" para as
bases da militância petista. Inimaginável ver a máquina petista, rifada
pelo Skaf no primeiro turno, a ele se associar em eventual segundo.
Por isso, o segundo turno entre Alckmin e Skaf, como se avizinha, não é
ruim para para a Oposição. O PT recolherá as bandeiras e Dilma não terá
palanque na hora decisiva no maior colégio eleitoral do país. Se Skaf
chegar ao segundo turno sem ela, jamais dará o seu apoio a quem já disse
que quer bem longe do seu palanque.
Os dois discursos terão conteúdo
muito parecido e não haverá aquele populismo que só beneficia o PT. Além
do que, com segundo turno, a oposição não poderá ir para casa montar o
próximo governo, como de resto fizeram José Serra e Aécio Neves em
relação a Geraldo Alckmin em 2006 e Alckmin e Aécio em 2010 em relação a
Serra. Porque, infelizmente, não tem santo no PSDB.
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