domingo, 29 de junho de 2014

Confronto entre Alckmin e Skaf não é ruim para a Oposição.


Geraldo Alckmin e Paulo Skaf: ambos o oposto do PT.

Não há dúvida alguma que Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo Skaf(PMDB) disputam, em grande parte, o mesmo eleitorado. E que a FIESP e o PT tem divisões históricas irreparáveis. Quem não lembra que o então presidente da entidade, Mário Amato, declarou que se Lula ganhasse as eleições, em 1989, "800 mil empresários deixarão o país"? Anos depois, em entrevista à revista Veja, o petista confirmou que aquela frase foi decisiva para a sua derrota.

Claro que os tempos são outros e que o partido dos trabalhadores não tem mais nada a ver com o nome e talvez esteja mesmo mais próximo de ser um partido dos empresários, mas isto está apenas na cúpula. Como diria Gilberto Carvalho, esta simpatia pela FIESP não vai "gotejar" para as bases da militância petista. Inimaginável ver a máquina petista, rifada pelo Skaf no primeiro turno, a ele se associar em eventual segundo.

Por isso, o segundo turno entre Alckmin e Skaf, como se avizinha, não é ruim para para a Oposição. O PT recolherá as bandeiras e Dilma não terá palanque na hora decisiva no maior colégio eleitoral do país. Se Skaf chegar ao segundo turno sem ela, jamais dará o seu apoio a quem já disse que quer bem longe do seu palanque. 
 
 
Os dois discursos terão conteúdo muito parecido e não haverá aquele populismo que só beneficia o PT. Além do que, com segundo turno, a oposição não poderá ir para casa montar o próximo governo, como de resto fizeram José Serra e Aécio Neves em relação a Geraldo Alckmin em 2006 e Alckmin e Aécio em 2010 em relação a Serra. Porque, infelizmente, não tem santo no PSDB. 
 
 

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