Diante da crise vivida pelo setor automobilística, o governo
resolveu prorrogar o desconto do IPI para automóveis. Não haverá
recomposição das alíquotas, nem mesmo parcial. Ainda não está definido
por quanto tempo se estenderá o benefício, mas espera-se que a medida
ajude a evitar demissões, pois não há sinal de recuperação econômica a
vista.
A prorrogação do desconto do IPI e o novo acordo automotivo com a Argentina acabaram sendo as únicas medidas possíveis para incentivar o setor. O governo tem optado por uma série de pacotes com medidas de efeito limitado. “Está ficando caro manter a indústria no Brasil por falta de competitividade, não por culpa do setor privado.
Pelo excesso de burocracia e complexidade tributária”, afirmou o economista Maurício Canêdo Pinheiro, doutor pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ), ao constatar que o constrangimento fiscal limita a margem de manobra do governo para criar incentivos. Outro que analisa as limitações da política econômica é economista Fernando Montero, especialista em contas públicas do Tullet Prebon.
“O ajuste fiscal pós-2014 será difícil e ingrato, feito numa economia de baixo crescimento, pouca gordura nas despesas à disposição de cortes e com uma inflação empurrando juros e despesas financeiras para cima”, afirmou.
Segundo Montero, o quadro fiscal neste e no próximo ano está severamente comprometido, o que diminui o ímpeto para novas medidas de apoio a setores específicos.
Enviado por Murillo de Aragão 27, junho, 2014 | 14:48
A prorrogação do desconto do IPI e o novo acordo automotivo com a Argentina acabaram sendo as únicas medidas possíveis para incentivar o setor. O governo tem optado por uma série de pacotes com medidas de efeito limitado. “Está ficando caro manter a indústria no Brasil por falta de competitividade, não por culpa do setor privado.
Pelo excesso de burocracia e complexidade tributária”, afirmou o economista Maurício Canêdo Pinheiro, doutor pela Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro (FGV-RJ), ao constatar que o constrangimento fiscal limita a margem de manobra do governo para criar incentivos. Outro que analisa as limitações da política econômica é economista Fernando Montero, especialista em contas públicas do Tullet Prebon.
“O ajuste fiscal pós-2014 será difícil e ingrato, feito numa economia de baixo crescimento, pouca gordura nas despesas à disposição de cortes e com uma inflação empurrando juros e despesas financeiras para cima”, afirmou.
Segundo Montero, o quadro fiscal neste e no próximo ano está severamente comprometido, o que diminui o ímpeto para novas medidas de apoio a setores específicos.
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