02/07/2014
às 5:32
Que
coisa bonitinha! A coordenação da campanha da presidente Dilma Rousseff
resolveu enviar o pré-programa de governo já aprovado pelo partido à
lavanderia para ver se ele fica com uma aparência melhorzinha.
Segundo informa reportagem de hoje da Folha, sumiram da versão que chegou à presidente a “democratização da mídia”, que é o outro nome para censura; o “financiamento público de campanha”, que todo mundo sabe no bolso o que é, e a Constituinte exclusiva para fazer a reforma política.
Mas Dilma não abre mão, disto não!, da tal democracia direta por meio de conselhos — aquela estrovenga que ela meteu no Decreto 8.243 (ver post). Esses, digamos, “compromissos” estão no documento aprovado pelo PT, e se chegou a noticiar que a presidente havia se comprometido ao menos com a questão da mídia, que é central para o partido.
Segundo informa a Folha, Rui Falcão e Franklin Martins (este ainda não se recuperou da demissão da Globo) queriam, sim, incluir no texto final o combate ao tal “monopólio”, mas foram votos vencidos.
Afinal, o programa da presidente tem de contar com a aprovação dos demais partidos — e o PMDB, por exemplo, fez um congresso em que se definiu como diretriz o repúdio a qualquer forma de censura. Será que os defensores da democracia podemos, então, ficar tranquilos caso Dilma seja reeleita?
É claro que não! Os absurdos, na forma e no conteúdo, do Decreto 8.243 falam por si.
Sem contar que é preciso deixar claro que o PT está em franca mobilização em favor da Constituinte exclusiva e do financiamento público de campanha — e é claro que vai tentar emplacar essa agenda. Aqui e ali já leio colunistas a vender como suas “ideias” que são do partido. Até porque a campanha está na rua petista.
O partido emitiu uma circular a seus filiados em que deixa claro que a prioridade é, sim, a Constituinte exclusiva — aquela mesma que a coordenação de Dilma tirou do programa para não assustar. O texto tem dois links que remetem para as orientações para os diretórios estaduais e para as redes sociais. Vejam: A circular Orientação para os diretórios: Orientação para as redes sociais:
Quanto à tal “regulação da mídia”, que fique claro: todos os documentos oficiais do PT consideram essa uma pauta prioritária. O fato de o tema eventualmente não ser incluído no programa que Dilma vai entregar ao TSE não quer dizer absolutamente nada!
De resto, constate-se: o partido decidiu fazer uma lista negra de jornalistas, como é sabido, e seus respectivos nomes costumam frequentar as conversas de alguns ministros do governo Dilma, inconformados com a liberdade de imprensa. Assim, não é verdade que o único controle admitido pela Soberana seja o remoto. Também vale a intimidação.
Para encerrar, destaco: não tenho a boa vontade de alguns com o dito espírito democrático de Dilma. O Decreto 8.243 deixa claro como ela cede facilmente a tentações.
Ademais, no que que concerne à reforma política, o seu programa de governo vai falar em plebiscitos — que podem ser uma boa forma de inflamar a sociedade com apelos demagógicos.
Para começo de conversa e para encerrar este artigo, temas dessa natureza sempre vêm a público quando os governos esgotam o seu repertório e já não têm mais como engabelar a sociedade.
Segundo informa reportagem de hoje da Folha, sumiram da versão que chegou à presidente a “democratização da mídia”, que é o outro nome para censura; o “financiamento público de campanha”, que todo mundo sabe no bolso o que é, e a Constituinte exclusiva para fazer a reforma política.
Mas Dilma não abre mão, disto não!, da tal democracia direta por meio de conselhos — aquela estrovenga que ela meteu no Decreto 8.243 (ver post). Esses, digamos, “compromissos” estão no documento aprovado pelo PT, e se chegou a noticiar que a presidente havia se comprometido ao menos com a questão da mídia, que é central para o partido.
Segundo informa a Folha, Rui Falcão e Franklin Martins (este ainda não se recuperou da demissão da Globo) queriam, sim, incluir no texto final o combate ao tal “monopólio”, mas foram votos vencidos.
Afinal, o programa da presidente tem de contar com a aprovação dos demais partidos — e o PMDB, por exemplo, fez um congresso em que se definiu como diretriz o repúdio a qualquer forma de censura. Será que os defensores da democracia podemos, então, ficar tranquilos caso Dilma seja reeleita?
É claro que não! Os absurdos, na forma e no conteúdo, do Decreto 8.243 falam por si.
Sem contar que é preciso deixar claro que o PT está em franca mobilização em favor da Constituinte exclusiva e do financiamento público de campanha — e é claro que vai tentar emplacar essa agenda. Aqui e ali já leio colunistas a vender como suas “ideias” que são do partido. Até porque a campanha está na rua petista.
O partido emitiu uma circular a seus filiados em que deixa claro que a prioridade é, sim, a Constituinte exclusiva — aquela mesma que a coordenação de Dilma tirou do programa para não assustar. O texto tem dois links que remetem para as orientações para os diretórios estaduais e para as redes sociais. Vejam: A circular Orientação para os diretórios: Orientação para as redes sociais:
Quanto à tal “regulação da mídia”, que fique claro: todos os documentos oficiais do PT consideram essa uma pauta prioritária. O fato de o tema eventualmente não ser incluído no programa que Dilma vai entregar ao TSE não quer dizer absolutamente nada!
De resto, constate-se: o partido decidiu fazer uma lista negra de jornalistas, como é sabido, e seus respectivos nomes costumam frequentar as conversas de alguns ministros do governo Dilma, inconformados com a liberdade de imprensa. Assim, não é verdade que o único controle admitido pela Soberana seja o remoto. Também vale a intimidação.
Para encerrar, destaco: não tenho a boa vontade de alguns com o dito espírito democrático de Dilma. O Decreto 8.243 deixa claro como ela cede facilmente a tentações.
Ademais, no que que concerne à reforma política, o seu programa de governo vai falar em plebiscitos — que podem ser uma boa forma de inflamar a sociedade com apelos demagógicos.
Para começo de conversa e para encerrar este artigo, temas dessa natureza sempre vêm a público quando os governos esgotam o seu repertório e já não têm mais como engabelar a sociedade.
Por Reinaldo Azevedo
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