Leonardo Meirelles disse que deputado ‘fez ponte’ com Ministério da Saúde.
Empresário informou que participou de reuniões no gabinete do parlamentar.
Um dos sócios do laboratório Labogen, o empresário Leonardo Meirelles
afirmou nesta quarta-feira (2), em depoimento ao Conselho de Ética da
Câmara, que foi apresentado ao deputado André Vargas (sem partido-PR)
pelo doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal (PF) por
supeita de ser um dos líderes de um esquema de lavagem de dinheiro e
evasão de divisas que teria movimentado cerca de R$ 10 bilhões.
Meirelles compareceu ao Legislativo para prestar depoimento no processo de quebra de decoro que investiga se Vargas atuou com o doleiro para facilitar a assinatura de um contrato da Labogen com o Ministério da Saúde. O Conselho também apura o aluguel de um jatinho que foi usado pelo parlamentar do Paraná que, supostamente, teria sido pago por Youssef.
Na sessão do Conselho de Ética, o sócio do laboratório informou que foi apresentado ao deputado André Vargas, em São Paulo, mas não informou a data. Meirelles disse ter participado de reuniões no gabinete de Vargas na Câmara dos Deputados, no período em que ele ocupava a vice-presidência da Casa.
Inquérito da Polícia Federal aponta que Leonardo Meirelles confirmou que o antigo deputado do PT atuou como “ponte” para que a Labogen firmasse contrato com o Ministério da Saúde. No entanto, o empresário negou que Vargas fosse agente da empresa ou que tivesse feito o que ele classificou de “intermediação”, recebendo comissão para fazer tráfico de influência junto ao governo federal.
“A tratativa foi com o deputado, para quem coloquei que era um bom projeto para o país e que tínhamos condições de fazer dentro do prazo. Fomos encaminhados para a Secretaria de Ciência e Tecnologia [do Ministério da Saúde]”, relatou Meirelles aos parlamentares.
Em discurso no plenário da Câmara em abril, André Vargas havia dito que foi procurado por “empresário” da cidade dele, em referência ao doleiro Youssef, sobre parceria com o Ministério da Saúde. Na ocasião, o deputado do Paraná afirmou tê-lo orientado, “na forma da lei”, “encaminhando-o e orientando-o”.
Sócio oculto
De acordo com Leonardo Meirelles, apesar de Alberto Youssef não ser sócio da empresa, que foi adquirida em 2008 com US$ 54 milhões acumulados em dívidas, o doleiro fez aporte financeiro e utilizou contas das Labogen para “pagamento de fornecedores no exterior. Youssef teria, segundo o empresário, aplicado US$ 3 milhões para a “construção de planta e capital de giro”.
Mesmo sem ser considerado sócio da Labogen, Youssef chegou a participar de reuniões do comitê gestor da empresa, em São Paulo, e orientou o contato com André Vargas para a assinatura de contratos com o Ministério da Saúde.
Meirelles compareceu ao Legislativo para prestar depoimento no processo de quebra de decoro que investiga se Vargas atuou com o doleiro para facilitar a assinatura de um contrato da Labogen com o Ministério da Saúde. O Conselho também apura o aluguel de um jatinho que foi usado pelo parlamentar do Paraná que, supostamente, teria sido pago por Youssef.
Na sessão do Conselho de Ética, o sócio do laboratório informou que foi apresentado ao deputado André Vargas, em São Paulo, mas não informou a data. Meirelles disse ter participado de reuniões no gabinete de Vargas na Câmara dos Deputados, no período em que ele ocupava a vice-presidência da Casa.
Inquérito da Polícia Federal aponta que Leonardo Meirelles confirmou que o antigo deputado do PT atuou como “ponte” para que a Labogen firmasse contrato com o Ministério da Saúde. No entanto, o empresário negou que Vargas fosse agente da empresa ou que tivesse feito o que ele classificou de “intermediação”, recebendo comissão para fazer tráfico de influência junto ao governo federal.
“A tratativa foi com o deputado, para quem coloquei que era um bom projeto para o país e que tínhamos condições de fazer dentro do prazo. Fomos encaminhados para a Secretaria de Ciência e Tecnologia [do Ministério da Saúde]”, relatou Meirelles aos parlamentares.
Em discurso no plenário da Câmara em abril, André Vargas havia dito que foi procurado por “empresário” da cidade dele, em referência ao doleiro Youssef, sobre parceria com o Ministério da Saúde. Na ocasião, o deputado do Paraná afirmou tê-lo orientado, “na forma da lei”, “encaminhando-o e orientando-o”.
Sócio oculto
De acordo com Leonardo Meirelles, apesar de Alberto Youssef não ser sócio da empresa, que foi adquirida em 2008 com US$ 54 milhões acumulados em dívidas, o doleiro fez aporte financeiro e utilizou contas das Labogen para “pagamento de fornecedores no exterior. Youssef teria, segundo o empresário, aplicado US$ 3 milhões para a “construção de planta e capital de giro”.
Mesmo sem ser considerado sócio da Labogen, Youssef chegou a participar de reuniões do comitê gestor da empresa, em São Paulo, e orientou o contato com André Vargas para a assinatura de contratos com o Ministério da Saúde.
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