quarta-feira, 2 de julho de 2014

Internacional Ex-presidente francês Sarkozy é acusado de corrupção



Sarkozy foi liberado após detenção provisória para interrogação

Publicado: 2 de julho de 2014 às 10:32 - Atualizado às 10:47



Foto: Lionel Cironneau/ AP/Estadão Conteúdo
Ex-presidente francês é acusado de corrupção

O ex-presidente francês Nicolas Sarkozy foi acusado por corrupção ativa, tráfico de influência e violação de sigilo profissional por um juiz de Paris, informou nesta quarta-feira (2) a procuradoria nacional financeira francesa.

A decisão foi tomada no final da detenção para interrogatório de Sarkozy que durou cerca de 15 horas. O ex-presidente deixou o prédio da procuradoria financeira em Paris às 2 da madrugada de hoje (21h no horário de Brasília). Antes ele ficou detido em Nanterre, perto da capital francesa, para responder a um interrogatório.

“Ao final do interrogatório, Nicolas Sarkozy, Gilbert Azibert [juiz de Cassação] e Thierry Herzog [advogado do ex-presidente] foram apresentados aos dois juízes instrutores encarregados pela investigação aberta em 26 de fevereiro de 2014 sobre tráfico de influência e violação de sigilo profissional. Sarkozy, Azibert e Herzog foram acusados por violação de sigilo profissional, corrupção ativa e tráfico de influência”, informou um comunicado da procuradoria.

Os acusados, incluindo Sarkozy podem pegar até dez anos de prisão se forem comprovadas as acusações contra eles. Esta foi a primeira vez na França que um ex-presidente é detido provisoriamente para investigação. Enquanto o presidente está no cargo ele é protegido por imunidade parlamentar.

Ainda hoje Sarkozy, que há tempos se diz perseguido pela Justiça, realizará um pronunciamento ao vivo nos meios de comunicação às 20h locais (15h horário de Brasília) para esclarecer os fatos dos últimos dias.

A investigação pretende esclarecer se o ex-presidente prometeu para o juiz Azibert um cargo de prestígio em troca de informações sobre a decisão judicial de interceptar suas ligações telefônicas e os supostos financiamentos ilegais por parte da Líbia do então presidente Muamar Kadafi e da herdeira do grupo de cosméticos L’Oréal, Liliane Bettancourt à sua campanha presidencial de 2007.(ANSA)

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