RIO - Pelo
menos três comissões técnicas de seleções desviavam ingressos da Copa
do Mundo para uma quadrilha de cambistas, segundo informou nesta
terça-feira a Polícia Civil do Rio. Investigadores afirmam que cada
comissão repassava 50 ingressos por partida aos criminosos. Esses
bilhetes eram vendidos no mercado paralelo a 1 mil euros cada - e
resultavam num faturamento de 50 mil euros.
As investigações foram conduzidas pela 18ª DP, na Praça da Bandeira, próximo ao Maracanã, e tiveram o auxílio do Ministério Público do Rio e do Juizado do Torcedor. Mais cedo, 11 pessoas envolvidas no esquema fraudulento foram presas - nove delas no Rio e outras duas em São Paulo.
O cabeça da quadrilha foi identificado como Mohamadou Lamine Fofana, 57, argelino de origem com nacionalidade francesa, que seria conhecido por jogadores de futebol brasileiros.
"Nós apreendemos ingressos nas mãos desses cambistas que eram destinados à comissão técnica de futebol, portanto, nós temos elementos que seleções desviam ingressos para esses cambistas através de alguém que se beneficia com essa venda.
Estamos investigando as seleções, mas já temos o depoimento de um indiciado que trabalhava para essas três seleções", afirmou o delegado titular da 18ª DP (Praça da Bandeira), Fabio Baruk, responsável pela investigação, em coletiva de imprensa nesta terça.
Baruk não informou quais são as seleções. Os 11 presos foram indiciados por cambismo, associação criminosa e lavagem de dinheiro e podem pegar até 18 anos de prisão. A polícia disse que chegou até eles quando buscava ingressos em mercados paralelos no Rio. O grupo vendia bilhetes verdadeiros cedidos pela Fifa a comissões técnicas de seleções, patrocinadores, jogadores e ONGs.
Os cambistas agiam através de três agências de turismo, em Copacabana, zona sul carioca - sendo uma delas de fachada. Os nomes das empresas não foram divulgados.
R$ 200 milhões
De acordo com a polícia, os presos confessaram que já venderam ingressos em outras três Copas do Mundo. Onde tem Copa do Mundo, a organização vai ao país sede. Investigação aponta que eles chegaram a faturar R$ 200 milhões em um Mundial.
"Há possibilidade deste grupo trabalhar apenas nas Copas. O lucro é tão grande que eles podem esperar de uma Copa para outra", disse Baruk.
Investigação mostra que o grupo chegou a movimentar aproximadamente R$ 1 milhão por jogo do Mundial, no Brasil. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão nesta terça. A polícia encontrou planilhas de contabilidade da quadrilha, mais de cem100 ingressos e documentos que comprovam o envolvimento nos crimes, além de cerca de R$ 20 mil em espécie - distribuídos em euros, dólares e reais.
"Essa investigação é uma forma da Polícia Civil colaborar com a Fifa para que os ingressos distribuídos sejam identificados. Assim, ficaria mais fácil de levantar a procedência deles", disse o chefe da Polícia Civil do Rio, Fernando Veloso.
A ação da polícia contou com escutas telefônicas e filmagens da venda dos bilhetes. O delegado afirmou ainda que com o progresso da seleção brasileira no campeonato, os valores dos ingressos ficavam mais valorizados. Uma entrada para a final no Maracanã poderia chegar a R$ 35 mil.
"Descobrimos que vendiam os ingressos acima do preço através dessas agências de turismo, que traziam turistas para o nosso país. A rentabilidade ia de 200% a 1.000%, valor maior ao de qualquer atividade lícita", disse o delegado.
Baruk afirmou que as contas correntes de todas os indiciados foram bloqueadas. Os bancos foram comunicados e a quebra de sigilo bancário solicitada.
As investigações foram conduzidas pela 18ª DP, na Praça da Bandeira, próximo ao Maracanã, e tiveram o auxílio do Ministério Público do Rio e do Juizado do Torcedor. Mais cedo, 11 pessoas envolvidas no esquema fraudulento foram presas - nove delas no Rio e outras duas em São Paulo.
O cabeça da quadrilha foi identificado como Mohamadou Lamine Fofana, 57, argelino de origem com nacionalidade francesa, que seria conhecido por jogadores de futebol brasileiros.
"Nós apreendemos ingressos nas mãos desses cambistas que eram destinados à comissão técnica de futebol, portanto, nós temos elementos que seleções desviam ingressos para esses cambistas através de alguém que se beneficia com essa venda.
Estamos investigando as seleções, mas já temos o depoimento de um indiciado que trabalhava para essas três seleções", afirmou o delegado titular da 18ª DP (Praça da Bandeira), Fabio Baruk, responsável pela investigação, em coletiva de imprensa nesta terça.
Baruk não informou quais são as seleções. Os 11 presos foram indiciados por cambismo, associação criminosa e lavagem de dinheiro e podem pegar até 18 anos de prisão. A polícia disse que chegou até eles quando buscava ingressos em mercados paralelos no Rio. O grupo vendia bilhetes verdadeiros cedidos pela Fifa a comissões técnicas de seleções, patrocinadores, jogadores e ONGs.
Os cambistas agiam através de três agências de turismo, em Copacabana, zona sul carioca - sendo uma delas de fachada. Os nomes das empresas não foram divulgados.
R$ 200 milhões
De acordo com a polícia, os presos confessaram que já venderam ingressos em outras três Copas do Mundo. Onde tem Copa do Mundo, a organização vai ao país sede. Investigação aponta que eles chegaram a faturar R$ 200 milhões em um Mundial.
"Há possibilidade deste grupo trabalhar apenas nas Copas. O lucro é tão grande que eles podem esperar de uma Copa para outra", disse Baruk.
Investigação mostra que o grupo chegou a movimentar aproximadamente R$ 1 milhão por jogo do Mundial, no Brasil. Foram cumpridos 20 mandados de busca e apreensão nesta terça. A polícia encontrou planilhas de contabilidade da quadrilha, mais de cem100 ingressos e documentos que comprovam o envolvimento nos crimes, além de cerca de R$ 20 mil em espécie - distribuídos em euros, dólares e reais.
"Essa investigação é uma forma da Polícia Civil colaborar com a Fifa para que os ingressos distribuídos sejam identificados. Assim, ficaria mais fácil de levantar a procedência deles", disse o chefe da Polícia Civil do Rio, Fernando Veloso.
A ação da polícia contou com escutas telefônicas e filmagens da venda dos bilhetes. O delegado afirmou ainda que com o progresso da seleção brasileira no campeonato, os valores dos ingressos ficavam mais valorizados. Uma entrada para a final no Maracanã poderia chegar a R$ 35 mil.
"Descobrimos que vendiam os ingressos acima do preço através dessas agências de turismo, que traziam turistas para o nosso país. A rentabilidade ia de 200% a 1.000%, valor maior ao de qualquer atividade lícita", disse o delegado.
Baruk afirmou que as contas correntes de todas os indiciados foram bloqueadas. Os bancos foram comunicados e a quebra de sigilo bancário solicitada.
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