quarta-feira, 2 de julho de 2014

Cliente joga cerveja em garçon e leva um soco em represalia.


Mulher reclama de atendimento e é agredida com soco por copeiro de bar Antes, a mulher jogar um copo de cerveja no funcionário. Apesar da confusão, ela desistiu de registrar uma ocorrência por temer represálias. O funcionário acabou demitido
 
Correio Braziliense  02/07/2014 07:10
 
Um copeiro do Bar do Calaf, no Setor Bancário Sul, é acusado de agredir uma mulher no último sábado durante as comemorações da vitória do Brasil sobre o Chile na Copa do Mundo. A confusão aconteceu horas depois do fim do jogo. Após um bate-boca, motivado por um suposto mau atendimento, a vítima teria se irritado e jogado um copo de cerveja no suspeito. Para acalmar os ânimos, o gerente mandou o funcionário para casa. No entanto, o empregado, que não teve o nome revelado, retornou ao local, puxou a mulher pelos cabelos e a atingiu com um soco. Garçons e clientes separaram a briga. A gerência chamou a PM, e o caso terminou na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam). Mesmo assim, não houve registro de ocorrência. O copeiro foi demitido.


A vítima, que prefere não se identificar, disse que optou em não fazer uma queixa formal, pois teme que o agressor volte a procurá-la. Ela assumiu, porém, que perdeu a razão ao atirar o copo. “Entreguei a minha comanda para pedir cerveja e não me recordava para quem. Questionei o rapaz que estava atrás do balcão, e ele fez um gesto, como se me mandasse ir me lascar. Perguntei quem era o gerente e fui reclamar. Nisso, o funcionário (da comanda) passou por trás dele, e eu o acusei. Ele me respondeu com um gesto obsceno. Pedi que tomassem uma providência”, relatou.

Ao buscar outras cervejas, a vítima se irritou ao reencontrar o acusado na mesma função. 
 
“Eu fiquei muito nervosa, descontrolei-me e joguei o copo com cerveja nele. Depois, comecei a perguntar o que ele achava que eu era. O meu amigo me pegou pelo braço e disse que eu perdi a razão. Mas, depois, o funcionário puxou o meu cabelo e me deu um soco na boca. Ele só não me agrediu mais porque seguraram ele. Eu me senti humilhada. Foi uma coisa triste. Nunca apanhei de ninguém na minha vida. Foi chocante. Com certeza, ele fez isso pelo fato de eu ser mulher. Ele não ia fazer isso com outra pessoa. Eu não sou qualquer uma”, reclamou.

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