COLETIVA
Treinador brasileiro ironiza questão sobre conversa com seis jornalistas, alfineta Van Gaal, defende liderança de Thiago Silva e diz que não tem problemas com os colombianos
Luiz Felipe Scolari se mostrou incomodado com diversas perguntas na entrevista coletiva concedida na tarde desta quinta-feira (3/7) em Fortaleza. Cortou jornalistas no meio das questões, disse ter acertado em chamar seis profissionais da imprensa, em meio à Copa, para falar de problemas da Seleção e lembrou de atitude do meio-campista Figo, de Portugal, na Eurocopa de 2004, para defender Thiago Silva.
O capitão da Seleção, marcado pelo choro e pelo pedido de não cobrar pênalti contra o Chile, recebeu apoio do treinador. Ele lembrou que, na Eurocopa de 2004, em que Felipão era técnico de Portugal, substituiu o experiente Figo durante o jogo das quartas-de-final contra a Inglaterra, que terminou em 2 x 2, e terminou nos pênaltis.
"Nas cobranças, o Figo não ficou com a gente. Foi para o vestiário e ficou em frente a uma imagem de Nossa Senhora de Fátima rezando para ela, e nós passamos. Cada um tem seu jeito de lidar", minimizou.
Sobre a Colômbia, disse que deve ser uma partida aberta e negou que haja "guerra". "Contra a Colômbia são jogos alegres. Nossa guerra é com argentinos, uruguaios e chilenos", afirmou o treinador da Seleção. E minimizou a pressão em cima dos jogadores. Disse não ser o "fim do mundo" para ninguém se a Seleção for eliminada e que todos continuarão a vida.
"Todo jogo é eliminatório. Eles (jogadores brasileiros), com a qualidade que têm, devem buscar em campo. Se o outro time for melhor, não vai terminar nossa vida. Precisamos ser melhores para buscar a final, mas temos condições de chegar", afirmou.
Quando perguntado da possibilidade do centroavante Fred ficar de fora, desconversou. "Não há problemas. Em nenhum momento o Fred brigou com alguém. O Rodrigo (Paiva, chefe de imprensa da CBF) revidou ofensas direcionadas a nós. Mas o Fred não fez nada", disse.
Ainda assim, disse que "sim" quando a possibilidade de Henrique, com quem trabalhou no Palmeiras e tomou o lugar do camisa 9 durante um treino, entrar como volante. "Dependendo do andamento do jogo, sim, vou utilizá-lo, é uma opção. Já jogou assim (de volante) comigo no Palmeiras, mas ele não tinha o Thiago (Silva) e o David (Luiz) atrás", afirmou.
O comandante brasileiro utilizou da ironia quando questionado sobre a conversa com seis jornalistas escolhidos a dedo no meio de um treino na Granja Comary. "Adorei (a conversa)", respondeu, com um sorriso de canto de boca. "Sempre fiz isso. Não serei pautado por ninguém, vou fazer o que quero fazer", esbravejou.
Sobrou ainda para o técnico da Holanda, Van Gaal, que antes havia dito que o Brasil poderia ser favorecido. "Não é difícil só para o Brasil. De oito jogos, cinco foram para a prorrogação. E um deles só não foi, porque o time daquele senhor que disse que o Brasil seria favorecido foi ajudado com um pênalti no final", alfinetou.
Nenhum comentário:
Postar um comentário