Ex-advogado do PT presidirá o Tribunal Superior Eleitoral
durante as eleições.
Questionado pelo repórter do Estadão, Dias Toffoli, o mesmo
ministro que se empenhou em absolver a ala petista dos mensaleiros, mostrou
destempero e falta de nexo nas respostas.
Há algum tempo o PT vem tentando – com sucesso – povoar
órgãos superiores com seus aliados. Após fazê-lo no Superior Tribunal Federal,
substituindo antigos ministros por outros que votariam
a seu favor, o partido terá agora um importante reforço no Tribunal
Superior Eleitoral, que
será presidido por Dias Toffoli, antigo advogado do partido e atual
ministro do STF.
Em função de sua ligação com o PT, naturalmente o ministro
teria de enfrentar perguntas questionando a interferência disso em seu mandato.
Em entrevista ao repórter do Estadão Roldão Arruda, no entanto, Toffoli
não pareceu muito disposto a tolerar discordâncias, agredindo o direito que
a imprensa tem de fazer perguntas, mesmo que embaraçosas, a fim de informar a
população.
Repórter:
“Ministro, o senhor já foi advogado do PT e agora vai
presidir o TSE. Há alguma incompatibilidade?”.
Toffoli:
“Você tem que perguntar isso para o Aécio Neves, o Eduardo
Campos e a Marina Silva. Não para mim”.
Repórter:
“Por quê?”
Toffoli:
“Ora, o que está no substrato de sua pergunta é uma
indecência. É preconceituosa e desrespeitosa. Você não tem legitimidade para me
impugnar, nem a mídia. Vá fazer a pergunta para o Aécio, o Eduardo e a Marina, porque
eles têm”.
Além de responder algo sem sentido, e com uma agressividade
que só denota medo, o ministro revelou-se uma pessoa instável e parcial, algo
pouco compatível com alguém que presidirá um tribunal. Mas essa hostilidade não
é algo novo. Em agosto de 2012, Ricardo
Noblat afirmou em seu blog que Toffoli o teria ofendido com palavrões
em uma festa em Brasília.
Dias Toffoli talvez seja um dos maiores problemas criados
pelo PT para o Brasil. Jovem, ainda interferirá nas decisões do STF, se a saúde
e a consciência o permitir, por até 24 anos, consiga o partido algum novo êxito
nas urnas ou não.
Durante o Mensalão, chamou atenção seu despreparo para o
cargo quando, por vezes, precisou receber instruções dos demais ministros sobre
sua real função no julgamento.
Postado por Tiago
Barbosa de Castro às 05:43
Nenhum comentário:
Postar um comentário