Antonio Imbassahy
Publicado: 15 de abril de 2014 às 17:27Diario do Poder
A máquina de destruir reputações está a pleno vapor
na internet. E as estratégias utilizadas para disseminar mentiras contra
adversários são as mais refinadas e comprovam que há um exército
treinado em campo.
“Podemos fazer o diabo quando é hora de eleição”, antecipou a presidente Dilma Rousseff, ano passado, na Paraíba. E estão cumprindo a profecia à risca, mesmo antes do início da campanha. A Justiça Eleitoral precisará ter uma ação muito enérgica e os internautas, muita atenção.
A própria montagem da equipe do entorno da presidente já dá pistas do que teremos pela frente. O responsável pelas redes sociais da campanha petista é o ex-ministro Franklin Martins, o mesmo que defende a regulação da mídia.
Para a Casa Civil, a presidente trouxe Aloizio Mercadante, que seria o beneficiário do episódio que ficou conhecido como o escândalo do dossiê dos Aloprados – em 2006, petistas foram presos em um hotel de São Paulo com R$ 1,7 milhão, que seriam utilizados para a compra de documentos falsos contra José Serra, então candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB. Mercadante era o candidato do PT.
Para o Ministério das Relações Institucionais, a presidente Dilma convocou há algumas semanas Ricardo Berzoini, o mesmo que, segundo o próprio Lula, foi o responsável pelo tal “bando de aloprados”. É impossível que a presidente Dilma não saiba que alojou, nos gabinetes paredes-meias com o dela, especialistas em dossiês e aloprados. Encastelados no Palácio do Planalto, eles dão as cartas no governo e na campanha.
A revista Veja trouxe neste final de semana uma reportagem esclarecedora, de como atuam as quadrilhas virtuais para tentar manchar a imagem do senador Aécio Neves, pré-candidato à Presidência pelo PSDB.
O levantamento foi feito por um escritório de advocacia, especializado em crimes virtuais, e identificou táticas condenadas e até ilegais. O fio da meada foram notícias falsas plantadas nas redes sociais e nos comentários em sites de notícias sobre uma fantasiosa condenação de Aécio, quando governador, pelo desvio de recursos da Saúde.
Rastreando os links chegou-se à conclusão de que o ataque partiu de computadores de quatro endereços: três no Rio de Janeiro e – pasmem – um do prédio da estatal Eletrobras. Ou seja, atrás do terminal da empresa está um funcionário público, bancado pelo contribuinte brasileiro que, em vez de prestar serviço de qualidade ao país, está empenhado no trabalho de espalhar mentiras contra o senador Aécio Neves. Uma atitude imoral e ilegal, que precisa ser investigada e punida.
A reportagem detalha o estratagema das quadrilhas. Além de perfis falsos no Twitter e Facebook, utilizados para disseminar conteúdo calunioso, há outras técnicas, mais sofisticadas e mais difíceis de serem percebidas pelos usuários. Uma delas é a propagação de spams, por meio de programas de computador, além da utilização de robôs, que simulam ações de pessoas para aumentar o número de visualizações de vídeos ou de curtidas de um link, aumentando a importância do assunto.
Há também o que se chama de fazenda de links, em que são criados de forma automática ou manual vários endereços eletrônicos com o mesmo conteúdo mentiroso. Com essa ação, a notícia falsa acaba aparecendo em destaque nos sites de pesquisa. Assim, ao se fazer uma busca pelo nome, por exemplo, as notícias com maior número de links aparecem entre as primeiras nos resultados da pesquisa.
O debate eleitoral nas redes sociais terá a maior relevância neste ano em relação às campanhas anteriores. É uma tendência mundial. O termo “eleições” foi o segundo mais comentado no mundo em 2013 em uma das redes sociais. Só perdeu para “Papa Francisco”.
Hoje, 83 milhões de brasileiros estão nas redes, 59% em idade eleitoral, e vão receber conteúdo de muitas frentes. É importante que tenham conhecimento da existência dessas quadrilhas e do seu modus operandi. E checar a informação nunca é demais.
A internet é um meio importantíssimo de informação e sempre defendemos que ela seja totalmente livre. Mas sempre há aqueles que, à beira do desespero, querem ganhar no tapetão. Pelo que se viu até agora, vão jogar sujo nas redes. Mas terão de se entender com a Justiça, que certamente, estará preparada.
O eleitor brasileiro já se cansou das histórias de dossiês falsos, de aloprados, do vale-tudo e vai saber analisar com critério a informação que chegará até ele. Vamos estar atentos e, no que depender do PSDB, a campanha eleitoral na internet será de alto nível. Só assim melhoraremos o ambiente das discussões e aprimoraremos a democracia.
“Podemos fazer o diabo quando é hora de eleição”, antecipou a presidente Dilma Rousseff, ano passado, na Paraíba. E estão cumprindo a profecia à risca, mesmo antes do início da campanha. A Justiça Eleitoral precisará ter uma ação muito enérgica e os internautas, muita atenção.
A própria montagem da equipe do entorno da presidente já dá pistas do que teremos pela frente. O responsável pelas redes sociais da campanha petista é o ex-ministro Franklin Martins, o mesmo que defende a regulação da mídia.
Para a Casa Civil, a presidente trouxe Aloizio Mercadante, que seria o beneficiário do episódio que ficou conhecido como o escândalo do dossiê dos Aloprados – em 2006, petistas foram presos em um hotel de São Paulo com R$ 1,7 milhão, que seriam utilizados para a compra de documentos falsos contra José Serra, então candidato ao governo de São Paulo pelo PSDB. Mercadante era o candidato do PT.
Para o Ministério das Relações Institucionais, a presidente Dilma convocou há algumas semanas Ricardo Berzoini, o mesmo que, segundo o próprio Lula, foi o responsável pelo tal “bando de aloprados”. É impossível que a presidente Dilma não saiba que alojou, nos gabinetes paredes-meias com o dela, especialistas em dossiês e aloprados. Encastelados no Palácio do Planalto, eles dão as cartas no governo e na campanha.
A revista Veja trouxe neste final de semana uma reportagem esclarecedora, de como atuam as quadrilhas virtuais para tentar manchar a imagem do senador Aécio Neves, pré-candidato à Presidência pelo PSDB.
O levantamento foi feito por um escritório de advocacia, especializado em crimes virtuais, e identificou táticas condenadas e até ilegais. O fio da meada foram notícias falsas plantadas nas redes sociais e nos comentários em sites de notícias sobre uma fantasiosa condenação de Aécio, quando governador, pelo desvio de recursos da Saúde.
Rastreando os links chegou-se à conclusão de que o ataque partiu de computadores de quatro endereços: três no Rio de Janeiro e – pasmem – um do prédio da estatal Eletrobras. Ou seja, atrás do terminal da empresa está um funcionário público, bancado pelo contribuinte brasileiro que, em vez de prestar serviço de qualidade ao país, está empenhado no trabalho de espalhar mentiras contra o senador Aécio Neves. Uma atitude imoral e ilegal, que precisa ser investigada e punida.
A reportagem detalha o estratagema das quadrilhas. Além de perfis falsos no Twitter e Facebook, utilizados para disseminar conteúdo calunioso, há outras técnicas, mais sofisticadas e mais difíceis de serem percebidas pelos usuários. Uma delas é a propagação de spams, por meio de programas de computador, além da utilização de robôs, que simulam ações de pessoas para aumentar o número de visualizações de vídeos ou de curtidas de um link, aumentando a importância do assunto.
Há também o que se chama de fazenda de links, em que são criados de forma automática ou manual vários endereços eletrônicos com o mesmo conteúdo mentiroso. Com essa ação, a notícia falsa acaba aparecendo em destaque nos sites de pesquisa. Assim, ao se fazer uma busca pelo nome, por exemplo, as notícias com maior número de links aparecem entre as primeiras nos resultados da pesquisa.
O debate eleitoral nas redes sociais terá a maior relevância neste ano em relação às campanhas anteriores. É uma tendência mundial. O termo “eleições” foi o segundo mais comentado no mundo em 2013 em uma das redes sociais. Só perdeu para “Papa Francisco”.
Hoje, 83 milhões de brasileiros estão nas redes, 59% em idade eleitoral, e vão receber conteúdo de muitas frentes. É importante que tenham conhecimento da existência dessas quadrilhas e do seu modus operandi. E checar a informação nunca é demais.
A internet é um meio importantíssimo de informação e sempre defendemos que ela seja totalmente livre. Mas sempre há aqueles que, à beira do desespero, querem ganhar no tapetão. Pelo que se viu até agora, vão jogar sujo nas redes. Mas terão de se entender com a Justiça, que certamente, estará preparada.
O eleitor brasileiro já se cansou das histórias de dossiês falsos, de aloprados, do vale-tudo e vai saber analisar com critério a informação que chegará até ele. Vamos estar atentos e, no que depender do PSDB, a campanha eleitoral na internet será de alto nível. Só assim melhoraremos o ambiente das discussões e aprimoraremos a democracia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário