16/04/2014
às 4:05
Nesta quarta, houve um novo protesto em São Paulo contra a Copa do Mundo. Mais
um. Reuniu, segundo estima a Polícia Militar, umas 1.500 pessoas com o
grito de guerra “Não vai ter Copa”. Desta vez, não dá nem para fingir
que os policiais foram violentos. Limitaram-se a conter os manifestantes
e a atender pessoas que, colhidas em meio ao tumulto, acabaram passando
mal.
Já os
ditos manifestantes, ah, estes xingavam os policiais, avançavam contra
os seus escudos, enfiavam câmeras em seus rostos, sempre em busca
daquela reação mais dura que depois faz a festa nas redes sociais. O
momento mais tenso aconteceu na estação Butantã, do Metrô, que chegou a
ser fechada por algum tempo.
Quando
começava já a haver a dispersão, os black blocs deram, então, início a
depredações. Três agências bancárias foram atacadas; duas bombas
caseiras foram lançadas contra policiais. A PM deteve 54 pessoas. A esta
altura, todos já estão na rua.
As leis
são frouxas para coibir esse tipo de comportamento. A pouco mais de 50
dias do início da Copa, observem que o país continua sem uma legislação
que possa punir com severidade quem põe em risco centenas — e até
milhares — de pessoas.
Todas as tentativas esbarraram na conversa mole
de que se estaria tentando impedir o direito à livre manifestação. Ora,
existe uma distância gigantesca entre liberdade de expressão, um direito
fundamental, e licença para depredar, agredir, incendiar. Essas são
ações criminosa, não “direitos”.
Mas não
tem jeito! O governo federal não aprende. Na sexta-feira, Gilberto
Carvalho, secretário-geral da Presidência, encontrou-se com alguns
jovens, supostos líderes de manifestações. Pediu a colaboração deles;
reclamou que o governo é incompreendido; chegou mesmo a acusar uma
espécie de ingratidão:
“Vocês, jovens, também nos dão desespero pelas
coisas que vocês fazem. A gente organiza uma Copa do Mundo achando que
vai ser uma festa, e vocês vêm e dão porrada. E dizem: é uma… merda”.
No
protesto, bandeiras do Brasil foram queimadas. No Rio, também nesta
quarta, black blocs resolveram se infiltrar numa manifestação de pessoas
que foram retiradas do terreno da Oi. Dilma Rousseff está brincando com
o perigo. O diabo é que este é um governo que não governa, então as
decisões tardam, quando são tomadas…
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