26/03/2014 11h35
Itaú, BB, Bradesco, BNDES, HSBC e Santander tiveram redução.
Rebaixamento segue o corte na nota do Brasil, feito na segunda-feira (24).
A agência americana de classificação de risco Standard & Poor's
(S&P) rebaixou, nesta quarta-feira (26), as notas de crédito de 13
instituições financeiras brasileiras – entre elas, grandes bancos
estatais e privados, seguradoras e o Banco Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social (BNDES).
A perspectiva de rating foi colocada como "estável", ou seja, não estão previstos novos rebaixamentos no curto prazo.
Tiveram suas notas reduzidas pela S&P:
SulAmérica Companhia Nacional de Seguros.
O rebaixamento das notas das instituições segue o corte no rating do Brasil. Na segunda-feira (24), a agência americana baixou a classificação do país de "BBB" para "BBB-", a faixa mais baixa da categoria "grau de investimento".
No dia seguinte, a S&P indicou que não vê perspectiva para um novo rebaixamento do Brasil, destacando que isso só acontecerá se os indicadores externos tiverem forte deterioração e se o governo do país romper seu compromisso com as políticas pragmáticas.
"Reduzir os ratings de novo é realmente um cenário que nós não estamos contemplando. Estamos confiantes com o Brasil dentro da categoria de grau de investimento", disse, na ocasião, a analista da Standard & Poor's Lisa Schineller, em conferência telefônica com analistas e jornalistas.
Segundo Lisa, os parâmetros da economia brasileira "ainda estão no lugar".
Entre os dados citados para redução da nota do país, a analista da agência americana também falou sobre uma menor transparência do governo na execução fiscal. Além disso, a dinâmica do setor elétrico, com subsídios para adiar uma alta nas contas de luz, pesou na decisão.
De acordo com Lisa, a redução da nota do Brasil reflete a deterioração fiscal vista nos últimos anos, em um cenário de menor crescimento econômico e sustentação baseada em fatores temporários de arrecadação.
"A credibilidade sobre a política fiscal perdeu força recentemente", disse.
A analista da Standard & Poor's ainda lembrou que recentemente o governo brasileiro anunciou cortes no orçamento, mas afirmou que "não será fácil atingir o superávit formal" pretendido sem recurso a algum tipo de ajuste, dado o baixo crescimento".
Também pesou no corte da nota do país, segundo a S&P, o julgamento da correção das poupanças pela Justiça, que pode determinar que os bancos arquem com supostas perdas nas cadernetas ocorridas durantes os planos econômicos das décadas de 1980 e 1990.
A perspectiva de rating foi colocada como "estável", ou seja, não estão previstos novos rebaixamentos no curto prazo.
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Ao todo, as avaliações globais de outras 17 instituições financeiras e
os nacionais de 26 foram colocados em observação com implicações
negativas, o que significa que ainda podem ser rebaixados.Tiveram suas notas reduzidas pela S&P:
Banco do Brasil (BB),
BNDES,
Caixa Econômica Federal,
Itaú-Unibanco,
Itaú BBA,
Bradesco,
Santander,
HSBC,
Banco do Nordeste do Brasil,
Citibank,
Allianz Global,
SulAmérica e SulAmérica Companhia Nacional de Seguros.
O rebaixamento das notas das instituições segue o corte no rating do Brasil. Na segunda-feira (24), a agência americana baixou a classificação do país de "BBB" para "BBB-", a faixa mais baixa da categoria "grau de investimento".
No dia seguinte, a S&P indicou que não vê perspectiva para um novo rebaixamento do Brasil, destacando que isso só acontecerá se os indicadores externos tiverem forte deterioração e se o governo do país romper seu compromisso com as políticas pragmáticas.
"Reduzir os ratings de novo é realmente um cenário que nós não estamos contemplando. Estamos confiantes com o Brasil dentro da categoria de grau de investimento", disse, na ocasião, a analista da Standard & Poor's Lisa Schineller, em conferência telefônica com analistas e jornalistas.
Segundo Lisa, os parâmetros da economia brasileira "ainda estão no lugar".
Menor transparência e subsídios para energia
Entre os dados citados para redução da nota do país, a analista da agência americana também falou sobre uma menor transparência do governo na execução fiscal. Além disso, a dinâmica do setor elétrico, com subsídios para adiar uma alta nas contas de luz, pesou na decisão.
De acordo com Lisa, a redução da nota do Brasil reflete a deterioração fiscal vista nos últimos anos, em um cenário de menor crescimento econômico e sustentação baseada em fatores temporários de arrecadação.
"A credibilidade sobre a política fiscal perdeu força recentemente", disse.
A analista da Standard & Poor's ainda lembrou que recentemente o governo brasileiro anunciou cortes no orçamento, mas afirmou que "não será fácil atingir o superávit formal" pretendido sem recurso a algum tipo de ajuste, dado o baixo crescimento".
Também pesou no corte da nota do país, segundo a S&P, o julgamento da correção das poupanças pela Justiça, que pode determinar que os bancos arquem com supostas perdas nas cadernetas ocorridas durantes os planos econômicos das décadas de 1980 e 1990.
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