26/03/2014 20h35
Marcelo Santos das Dores era foragido da polícia.
Traficante suspeito de torturar jogador tem recompensa
de R$ 2 mil
de R$ 2 mil
O traficante tinha recompensa oferecida de R$ 2 mil, segundo o Disque Denúncia. Além de tráfico de drogas e associação para o tráfico, na ficha de Menor P ainda consta que ele é foragido do sistema penitenciário.
Agressão a jogador
A investigação da agressão ao jogador Bernardo teve início após Daiane Rodrigues dar entrada no Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro, no dia 22 de abril de 2013. Segundo a Secretaria municipal de Saúde, Daiane levou dois tiros, um no joelho direito e outro no pé esquerdo, foi submetida a duas cirurgias, e recebeu alta três dias depois.
O delegado titular da 21º DP (Bonsucesso), José Pedro Costa da Silva, disse que, no dia 21, o jogador do Vasco e Daiane foram sequestrados e torturados por traficantes. De acordo com a polícia, os dois foram flagrados juntos na Favela Salsa e Merengue. De lá, teriam sido levados a uma casa no Morro do Timbau, onde foram agredidos.
Ao Globoesporte.com, Bernardo, que postou uma foto fazendo um sinal positivo no Instagram de um amigo, disse que nada sofreu. "Não fizeram mal nenhum comigo. Não sofri nenhum tipo de agressão", explicou.
Lateral interveio, diz delegado
O lateral-direito do Fluminense Wellington Silva, criado na comunidade, interveio a favor de Bernardo, evitando que ele sofresse ainda mais agressões durante uma sessão de tortura, segundo informações da polícia. O jogador teria argumentado com o traficante que caso algo mais grave acontecesse com o meia, no dia seguinte haveria uma UPP na comunidade.
O jogador tricolor negou ao Globoesporte.com que tenha encontrado Bernardo na comunidade, mas confirmou que esteve no local para visitar a sua família, que mora na região. O lateral confirmou apenas que, em contato telefônico com o meia, soube de toda história.
Já de acordo com a polícia, Wellington teria assistido a toda a sessão de tortura. Segundo o delegado, Bernardo teria recebido choques. Os atletas devem ser intimados a depor na próxima semana. Daiane, porém, não deve ser ouvida, pois, segundo o delegado, pediu para não falar e estaria apavorada.
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