Como chantagistas emocionais, os esquerdistas precisam apelar às
emoções humanas, como empatia, mesmo que precisem mentir até dizer
chega. Neste caso, eles dirão que estão do lado dos pobres, e você, do
lado dos ricos.
A dinâmica é sempre a mesma. O esquerdista irá fazer uma proposta de
inchaço estatal, e, em seguida, dirá que este inchaço é para “ajudar os
pobres”. E mesmo que ele não faça uma proposta de inchaço estatal, irá,
ao mesmo, lutar para manter o inchaço existente.
Quando você contestar o inchaço estatal, ele irá lhe posicionar para a
platéia como inimigo dos pobres.
Ele, o “amigo dos pobres”, dirá que
toda a questão agora se resumiu entre ser amigo dos pobres ou inimigo
deles, o que é o mesmo que dividir a questão entre inimigo dos ricos ou
amigo dos ricos. Nesse momento, frases como “você não quer ajudar os
pobres” ou “você não liga para a miséria humana” se tornarão clichês
evidentes.
Para não dizerem que estou exagerando, observem os frames utilizados
no discurso de um esquerdista petralha que postava aqui na caixa de
comentários deste blog: “Vocês são anti-governo trabalhista,
anti-políticas sociais, anti-ascensão dos padrões de consumo dos mais
pobres… não querem ver as classes ‘inferiores’ subindo na vida… meu
Deus, como isso é ridículo, é de um egoísmo irreal, bruto e tacanho, é
de uma falta de compaixão tremenda… vocês não tem solidariedade… e um
dia tudo será feito por meio do estado”.
Como podemos ver, há uma omissão de informações a toda vez que o
esquerdista usa o mesmo tipo de discurso, mas eles sempre deixam a pista
de que estão praticando uma fraude.
Não é que a questão é definida entre ajudar os pobres X não ajudar os
pobres, mas sim ajudar os pobres via ação estatal X ajudar os pobres
via ação privada. Sim, esse é o detalhe que eles omitem.
Na verdade, os
esquerdistas usam os pobres apenas como pretexto para inchaço estatal, e
a direita quer superar esse inchaço estatal, buscando outras maneiras
de ajudar os pobres.
Se a direita fosse contra os pobres, não iria ganhar de lavada dos esquerdistas na ajuda voluntária a eles, como demonstrou Ann Coulter tempos atrás ao citar o ótimo livro “Who Really Cares?”, de Arthur Brooks.
Vamos aos fatos. Com o inchaço estatal, realmente é possível que
alguma assistência seja dada aos pobres. Mas na verdade os esquerdistas
poderiam criar uma espécie de Rotary de esquerdistas, e fazer
assistencialismos mais vastos, sem depender do estado para ajudar os
pobres, e sem criar receita para aparelhamento estatal, corrupção e
lobby.
Assim, a direita continuaria buscando sua forma voluntária de
ajudar aos pobres, e os esquerdistas poderiam buscar as suas, envolvendo
inclusive a criação de fazendas comunitárias, empresas sem lucro e
casarões habitados por 30 famílias.
Em suma, ajudar aos pobres não implica em inchaço estatal, a não ser
que os pobres estejam sendo usados como pretexto para inchar o estado,
que é o que ocorre com toda instância deste jogo esquerdista. Desta
forma, eles mentem ao dizer que a questão é dividida entre ajudar ou não
os pobres, mas sim em inchar ou não o estado.
Neste jogo, portanto, o esquerdista irá omitir os fatos para esconder
sua real intenção (inchar o estado), para fingir que ele quer ajudar os
pobres, mas a direita não.
Evidente é uma falácia do falso dilema, onde
são dadas duas opções: (1) ajudar os pobres, inchando o estado, (2) se
recusar a ajudar os pobres, não inchando o estado. Em outras palavras, o
esquerdista bate o pézinho dizendo: “Se não for do meu jeito, você é
contra os pobres”.
Tudo não passa de uma chantagem emocional grotesca e extremamente
imoral, fazendo uso da triste situação das pessoas que vivem sob
condições precárias como um pretexto para um baita de um negócio. Sim,
pois o inchaço estatal não passa de um grande negócio para dar poder a
burocratas.
É claro que existem muitas outras formas de ajudarmos os pobres, e de
maneira muito mais eficiente do que inchando o estado. Mas aí é que
podemos notar que o esquerdista não tem interesse de fato em ajudar os
pobres, a não ser que isso seja feito via inchaço estatal.
Para tirar a dúvida, oferte a ele desafios neo-esquerdistas,
e veja se ele vai aceitar. Com certeza, ele não aceitará, pois como já
disse, o interesse do esquerdista é inchar o estado, e o discurso de
“ajuda aos pobres” é apenas um pretexto.
Abusar da miséria humana como pretexto para dar poder a burocratas.
A isso se resume o discurso de um esquerdista.
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