Jogo esquerdista: Verdade de classe
Observe duas alegações, que não podem ser mutuamente verdadeiras. Ou uma das duas é falsa, ou ambas são falsas. Ei-las:
- Animais humanos são uma tábula rasa, e seus desejos e preferências são meras construções culturais
- Animais humanos herdam desejos e preferências de seus genes, não podendo alterá-los por influência do meio
A afirmação 1 é proferida pelas feministas, enquanto a afirmação 2 é
proferida pelo movimento gay. Mesmo que ambos os grupos caminhem juntos
enquanto pedem dinheiro do estado para corrigir a situação de “opressão”
em que viveriam, cada um sustenta suas alegações em princípios
mutuamente auto-excludentes.
Para tornar tudo mais irônico ainda, se observarmos o que a
psicologia evolutiva tem a nos dizer, ambas as duas afirmações estão
erradas.
Na verdade, animais humanos não são uma tábula rasa, pois seus
instintos e tendências são herdados biologicamente, mas o meio cultural
pode influenciá-los no melhor uso de seus instintos ou desejos, ou mesmo
no abandono ou adaptação de alguns desses instintos, desejos e
preferências.
Em resumo, tanto gayzistas como feministas mentem em suas alegações
centrais a respeito do mundo, e, se suas demandas são iniciadas em
mentiras deslavadas, é claro que não demora para encontrarmos as fraudes
não só em suas alegações centrais como também na maioria de suas teses
derivadas dessas alegações.
O problema é que todos os tipos de discurso esquerdista são
elaborados a partir de fraudes, e eles aparentemente não se sentem nem
um pouco constrangidos em criarem fraudes todos os dias. Para eles,
criar uma nova fraude intelectual parece ser uma diversão.
Alguns questionamentos imediatos podem surgir. O que leva os
esquerdistas a apreciarem tanto a prática de contar mentiras, sem se
importar com a veracidade do que dizem, mas apenas com o efeito político
de seu discurso?
Será que eles não ficam incomodados planejando
discursos mentirosos quando conversam entre eles? Eles não se
envergonham desse tipo de atitude?
Para compreender como funciona este modelo mental, que não vê
problemas em inventar fatos sobre o mundo de maneira deliberada para
justificar suas ações, temos que voltar no cerne do jogo da Simulação da Guerra de Classes,
onde aprendemos que o esquerdista simula estar no meio de várias
“guerras” entre classes em conflito. Uma dessas classes será definida
como oprimida e a outra como opressora, e o esquerdista dirá que está do
lado da classe oprimida. Entretanto, muitas dessas “opressões” na
verdade são ilusões, feitas para capitalização política.
Exemplos de fraudes estão no fato de atualmente eles definirem as
mulheres como oprimidas em conflito contra opressores, que são os
homens.
Ou mesmo de gays serem definidos como oprimidos em conflito
contra opressores, que seriam os heterossexuais.
Na verdade, nossa
sociedade ocidental, considerando os paradigmas da liberdade individual
iluminista (num contexto muito mais democrático do que o fascismo
defendido pela esquerda), não tem posições para homens/mulheres ou
heterossexuais/heterossexuais que os classifique como opressores ou
oprimidos.
(Cuidado: um homem pode oprimir uma mulher, e uma mulher
oprimir um homem, ou um gay pode oprimir um heterossexual, e um
heterossexual pode oprimir um gay, mas isso ainda não significa classes
em conflito)
Biologicamente, temos boas explicações para o fato de muitas mulheres
escolherem um marido com maior status que ela, assim como para o
relacionamento heterossexual ter se tornado normatizado em nossa
sociedade.
Pois bem. Se mostrarmos a teoria de Darwin demonstrando que hoje em
dia as demandas esquerdistas vão na contra-mão do que a biologia tem a
nos ensinar, eles se enfezam e, em muitos casos, citam a teoria crítica,
criada pelos teóricos da Escola de Frankfurt.
Nessa teoria, prega-se
que se a realidade vai contra a ideologia, dane-se a realidade. Em
outras palavras, a verdade é aquilo que atende aos interesses de classe.
Verdade de classe.
Quando o esquerdista joga este jogo, seus “argumentos” são
selecionados não por sua validade empírica ou filosófica, mas por que
atendem ao interesse da “classe”. (Mesmo que, como eu já tenha apontado
anteriormente, essas classes sejam definidas de forma arbitrária, com o
único objetivo de capitalização política)
No exemplo do feminismo, a teoria de gênero já foi demonstrada como
uma fraude completa, e um dos melhores desmascaramentos foi publicado em
um post recente aqui.
Mas, quando confrontados com os fatos, esquerdistas começam a protestar
dizendo que “as informações divulgadas privilegiam a classe opressora,
portanto devem ser renegadas”.
Assim sendo, este jogo constitui-se em uma falácia ad hominem levada
às últimas consequências, em que as idéias são aceitas como válidas se
atendem ao interesse da classe definida como oprimida, e inválidas se
atendem ao interesse da classe definida como opressora.
Em resumo, o esquerdista mente em quantidade impressionante por que isso faz parte do jogo dele.
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