Uma das bandeiras do PT sempre foi o
fortalecimento das estatais em detrimento das privatizações. Nos últimos
anos, no entanto, além de se lançar no mundo das parcerias com o setor privado, o governo do partido, desde o início da gestão de Dilma Rousseff, já fez com que Banco do Brasil, Eletrobras e Petrobras perdessem juntas R$ 262 bilhões em valor de mercado.
Elas valiam R$ R$ 496,3 bilhões em 31 de dezembro de 2010, quando o presidente Luis Inácio Lula da Silva deixou a presidência. Na ponta do lápis, é uma queda de 52,8% do valor somado das três companhias. Só o Banco do Brasil perdeu R$ 34,2 bilhões (ou 38% de seu valor) desde 2010.
A influência negativa do
intervencionismo do governo Dilma é tão grande que, na última semana, as
ações subiram apenas em função da expectativa de que uma pesquisa
eleitoral mostrasse queda nas intenções de voto na presidente. Segundo
analistas do Citi, as chances de um apagão elétrico, fraco crescimento
econômico e ameaça de inflação podem tornar a eleição mais competitiva.
De acordo com Luciano Rostagno,
estrategista-chefe no Brasil do banco japonês Mizuho, é natural que o
mercado se antecipe e incorpore o fator político no preço das ações. Ele
também condenou as interferências do governo, que adiou o reajuste na
conta de luz para 2015 para evitar impacto negativo nas intenções de
voto em Dilma e manteve o preço dos combustíveis para controlar a
inflação, prejudicando o caixa da Petrobras.
O intervencionismo desse governo vai contra as leis de mercado e por isso a reação é positiva quando existe a chance de uma mudança – diz Rostagno.
Todos os problemas causados pela gestão do PT culminaram com o rebaixamento da nota de crédito do Brasil pela
agência de classificação de risco Standard & Poor’s, que reuniu
informações quando esteve no Brasil na semana do dia 10 de março.
Segundo relatório da S&P, “o rebaixamento reflete a combinação de derrapagem fiscal, a perspectiva de que a execução fiscal permanecerá fraca, em meio a um crescimento moderado nos próximos anos, uma capacidade limitada para ajustar a política antes da eleição presidencial de outubro e um certo enfraquecimento das contas externas do Brasil.
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