26/03/2014 11h53
Vera Lúcia Gomes foi presa por espancar menina que pretendia adotar.
Condenada cumpria prisão cautelar e entrou com pedido de habeas corpus.
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Procuradora de Justiça Vera Lúcia Sant'anna Gomes deve ser solta no Rio
O Supremo Tribunal Federal (STF) mandou soltar a procuradora de Justiça aposentada Vera Lúcia de Sant'anna Gomes, condenada a 4 anos e 1 mês de prisão por espancar, em 2010, uma criança de 2 anos que ela pretendia adotar.
Como mostrou o Bom Dia Rio nesta quarta-feira (26), o tribunal acolheu um pedido de habeas corpus para que a mulher aguarde em liberdade a decisão judicial do Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
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O caso ganhou notoriedade em virtude
da brutalidade das agressões sofridas pela criança. Além de agredida
fisicamente, ela é xingada, em gravações entregues ao Conselho Tutelar e
atribuídas à procuradora:
"Engole. Você vai comer tudo, entendeu? Sua
vaquinha! Pode chorar quanto quiser e vai comer, sua cachorra", teria
dito a mulher.
De acordo com o STF, o habeas corpus foi aceito em decorrência do
excesso de prazo da prisão cautelar.
Vera Lúcia está presa
preventivamente desde maio de 2010, mas um dos recursos pendentes no
Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) ainda não foi julgado e, por isso, a defesa pediu a soltura de sua cliente.
Em junho de 2010, a primeira solicitação de habeas corpus para Vera Lúcia foi negada pelo ministro da 5ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Napoleão Nunes Maia Filho.
Relembre o caso
No dia 5 de maio de 2010, o juiz Guilherme Schilling Pollo Duarte, da 32ª Vara Criminal da capital, decretou a prisão preventiva da procuradora. Na ocasião, o magistrado reconsiderou a decisão anterior, que previa a ida dos autos para o 1° Juizado de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, e recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE).
Após a decisão, policiais estiveram no apartamento de Vera Lúcia, em
Ipanema, na Zona Sul do Rio, mas ela não foi encontrada. Os agentes
também foram à casa da procuradora em Búzios, na Região dos Lagos. Após
pouco mais de uma semana de buscas, a mulher se entregou à Justiça, no
Fórum do Rio, no Centro. Ela foi levada para uma cela especial na
Polinter, na Zona Norte.
A polícia havia indiciado Vera Lúcia por tortura qualificada contra a
criança e por racismo contra ex-empregados, que denunciaram a patroa.
Todos os ex-funcionários relataram agressões físicas e psicológicas
contra a menina, que estava em período de adaptação para ser adotada
pela procuradora. Um laudo do Instituto Médico Legal (IML) diz que a
criança foi vítima de cruéis e sucessivas agressões, em várias partes do
corpo e em diferentes datas.
Depois da denúncia, a menina foi retirada do apartamento da procuradora
com sinais de espancamento e ficou três dias internada no hospital.
Seis ex-empregados de Vera Lúcia, que são testemunhas do caso, e dois
porteiros já prestaram depoimento.
Em depoimento na delegacia, a procuradora disse que sequer viu a menina
machucada, mas admitiu que a xingou. Também seria da mulher a voz que
aparece em gravações entregues ao Conselho Tutelar.
Comentarios
Comentarios
- Gustavo Piancci
Em 2016 veremos um monte de lixos nas ruas. Nardonis, Bruno, Macarrão, Mizael Bispo, todos eles aceitaram Gzuis e viraram santos. Só gente boa nas ruas. Que País é esse?• - Osmar Miteiros
o lema da OAB é o seguinte: NÃO JOGUE LIXO NA RUA, SOLTE-OS.• - Rosania Araujo
Eu tinha alguma esperança quanto a seriedade do STF, mas vejo que o STF é mais um agente a serviço da bandidagem de auto escalão, em defesa dos pares. As últimas ações do STF, absolvendo os mensaleiros, soltando monstros, favorecendo prefeituras com relação ao iptu, entre outras vergonhas, isso só mostra que no Brasil não podemos confiar em ninguém, que vergonha, que nojo. - Juninho Gama
Casos iguais a esse acontece aos montes pelo Brasil, é só procurar! Pessoas más que sentem prazer em machucar alguém, não consegue fazer isso com pessoas do tamanho dela ai adota uma criança por ser mais frágil e indefesa. Esse tipo de ser se satisfaz fazendo essas barbáries! Coitada de nossas crianças...•
- Paulo Oliveira
NEM BICHO PODERIA SER TRATADO DAQUELE JEITO. PRISÃO FOI MERECIDA..PARABÉNS À JUSTIÇA.......A PROCURADORA NÃO FOI BENEFICIADA PELA IMPUNIDADE.
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