Agnelo e Magela estão vendendo Brasilia para as empreiteiras!
Desde a criação ,em 1960, a coluna tem se posicionado ao lado da cidade
que viu crescer. Esta opção por Brasília, tem neste mais de meio
século de artigos, despertado a ira de muita gente influente,
empresários , políticos e todos aqueles que acreditam encontrar riquezas
fáceis com a destruição ou desfiguração da Capital de todos os
brasileiros e Patrimônio Cultural da Humanidade. ...
Ao longo desse tempo, inúmeras vezes a população foi alertada para as
tentativas de descaracterização da cidade e para os crescentes ataques
especulativos às terras públicas. Quando da “emancipação política” do
DF, este espaço já chamava a atenção dos leitores para a possibilidade
de intensificação dessas disputas, doravante reforçadas pela dobradinha:
políticos locais e empreiteiros. A cada dia, uma nova batalha.
Desta vez a cidade parece sitiada por dois dos maiores planos já postos
diante do futuro de Brasília.
De um lado o Plano de Preservação do
Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub); de outro flanco o projeto para
a construção de uma nova cidade, entre São Sebastião e Santa Maria, a
30 Km da rodoviária do Plano Piloto, para uma população de 900 mil
pessoas.
Os mega projetos , de autoria do próprio GDF, são os maiores e
mais ambiciosos planos de “reforma” urbana já experimentados pela cidade
e trarão, sem dúvida nenhuma , impactos incalculáveis sobre a
organicidade da capital desde sua fundação.
O PPCub, sob o pretexto de preservação da cidade, traz em seu bojo,
entre outras, muitas barbaridades urbanísticas, a mudança de destinação e
alienação das áreas entre quadras do Plano Piloto, originalmente
pensada para a edificação de escolas e equipamentos de interesse social,
para a iniciativa privada(.... )
Noutro trecho o PPCub cuida do aumento
de gabarito e de densidade habitacional nas quadras 900 do PP e da
criação de áreas para construção de hotéis nas margens do Paranoá.
A situação é tão polêmica que membros do grupo de trabalho
representando o Instituto Histórico e Geográfico do DF, a UnB e o IAB-DF
anunciaram a saída do grupo técnico que analisa o projeto por
considerá-lo “um retrocesso e uma afronta ao conjunto urbanístico,
arquitetônico e paisagístico de Brasília”. Não precisa dizer mais nada.
A construção de uma nova cidade para quase 1 milhão de moradores, com
prédios de até 15 andares, numa área considerada corredor ecológico e de
solos e topografia irregulares, com nascentes e cachoeiras,é além de
polêmico um ataque à população.
Parece que a criação desse monstro vai
atender prioritariamente às empreiteiras que já detêm 80% dos terrenos
disponíveis.
O projeto está em fase adiantada de estudos e promete mudar
também a história de Brasília em antes e depois dessa empreita.
Fonte: Ari Cunha - 18/03/2014 - - 08:12:12
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