quarta-feira, 19 de março de 2014

PPCub: Do sonho ao pesadelo. Brasília sob ataque

Agnelo e Magela estão vendendo Brasilia para as empreiteiras!


 

Desde a criação ,em 1960, a coluna tem se posicionado ao lado da cidade que viu crescer. Esta opção por Brasília, tem   neste mais de meio século de artigos, despertado a ira de muita gente influente, empresários , políticos e todos aqueles que acreditam encontrar riquezas fáceis com a destruição ou desfiguração da Capital de todos os brasileiros e Patrimônio Cultural da Humanidade. ...
 
Ao longo desse tempo, inúmeras vezes a população foi alertada   para as tentativas de descaracterização da cidade e para os crescentes ataques especulativos às terras públicas. Quando da “emancipação política” do DF, este espaço já chamava a atenção dos leitores para a possibilidade de intensificação dessas disputas, doravante reforçadas pela dobradinha: políticos locais e empreiteiros. A cada dia, uma nova batalha. 
 
Desta vez a cidade parece sitiada por dois dos maiores planos já postos diante do futuro de Brasília. 

De um lado o Plano de Preservação do Conjunto Urbanístico de Brasília (PPCub); de outro flanco o projeto para a construção de uma nova cidade, entre São Sebastião e Santa Maria, a 30 Km da rodoviária do Plano Piloto, para uma população de 900 mil pessoas. 

Os mega projetos , de autoria do próprio GDF, são os maiores e mais ambiciosos planos de “reforma” urbana já experimentados pela cidade e trarão, sem dúvida nenhuma , impactos incalculáveis sobre a organicidade da capital desde sua fundação. 
 
O PPCub, sob o pretexto de preservação da cidade, traz em seu bojo, entre outras, muitas barbaridades urbanísticas, a mudança de destinação e alienação das áreas entre quadras do Plano Piloto, originalmente pensada para a edificação de escolas e equipamentos de interesse social, para a iniciativa privada(.... ) 

Noutro trecho o PPCub cuida do aumento de gabarito e de densidade habitacional nas quadras 900 do PP e da criação de áreas para construção de hotéis nas margens do Paranoá. 
 
A situação é tão polêmica que membros do grupo de trabalho representando o Instituto Histórico e Geográfico do DF, a UnB e o IAB-DF anunciaram a saída do grupo técnico que analisa o projeto por considerá-lo “um retrocesso e uma afronta ao conjunto urbanístico, arquitetônico e paisagístico de Brasília”. Não precisa dizer mais nada. 
 
 A construção de uma nova cidade para quase 1 milhão de moradores, com prédios de até 15 andares, numa área considerada corredor ecológico e de solos e topografia irregulares, com nascentes e cachoeiras,é além de polêmico um ataque à população. 

Parece que a criação desse monstro vai atender prioritariamente às empreiteiras que já detêm 80% dos terrenos disponíveis. 

O projeto está em fase adiantada de estudos e promete mudar também a história de Brasília em antes e depois dessa empreita.


Fonte: Ari Cunha - 18/03/2014 - - 08:12:12

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