terça-feira, 18 de março de 2014
O anjinho aí da foto tinha 11 anos de idade quando assassinou a
madrasta grávida, em 2009. Encostou uma espingarda calibre 20 na cabeça
de Kenzie Houk e puxou o gatilho.
Lavou as mãos e tomou o school bus
para o colégio. Mãe e bebê faleceram. Jordan Brown, pelas leis da
Pensilvânia, USA, pode ser condenado à prisão perpétua. O caso se
arrasta até hoje, mas ao que tudo indica irá apodrecer na cadeia. Nos
Estados Unidos, existem mais de 2,6 mil adolescentes cumprindo pena de
prisão perpétua.
O presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), disse nesta terça-feira, 18, que pode pautar em abril a
votação de uma proposta que reduz a maioridade penal em determinadas
circunstâncias.
O anúncio ocorreu logo após Renan ter recebido em seu gabinete
a visita de familiares de Yorrally Dias Ferreira. A jovem de 14 anos, moradora
da periferia de Brasília, foi assassinada com um tiro na cabeça pelo
ex-namorado dois dias antes de ele completar 18 anos.
No mês passado, a Comissão de
Constituição e Justiça (CCJ) da Casa rejeitou uma proposta que permite a
redução da maioridade penal para 16 anos em algumas hipóteses, como nos casos
em que o menor tenha cometido crimes hediondos, tráfico de drogas com uso de
violência ou reincidência em crimes violentos.
O líder do PSDB no Senado,
Aloysio Nunes Ferreira, conseguiu apoio para apresentar um recurso a fim de que
o texto seja votado em plenário.
Questionado se a proposta pode ir
à votação, Renan respondeu: "Eu acho que sim. Nós vamos conversar com os
líderes e já assumimos o compromisso de pautar a matéria. É uma matéria
complexa, mas será, sobretudo, a oportunidade para que cada um vote da maneira
que entender que deva votar."
Logo após se reunir com Renan, a
mãe de Yorrally, Rosemari Dias da Silva, informou que pediu ao presidente do
Senado a votação da proposta do tucano em plenário.
Ela disse que não é
possível permitir que menores possam votar (o voto é facultativo a partir dos
16), mas não possam responder criminalmente pelos seus atos. "Eu quero
Justiça, eu quero que baixe (a maioridade penal)", disse.
Muito emocionada, Rosemari
afirmou ter começado nesta terça uma vigília em frente ao Palácio do Planalto
para ser recebida pela presidente Dilma Rousseff para conversar sobre o
assunto. Ela promete ficar acampada no local até ser recebida. No momento em
que Renan Calheiros deixou seu gabinete, a mãe de Yorrally desmaiou. No chão,
ela foi socorrida por familiares e atendida pelos socorristas do Senado, a
pedido de Renan.(Estadão)
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