Alfredinho afirma que muitos vereadores são contrários ao projeto.
Arselino Tatto, líder do governo, garantiu que Haddad vetará a mudança.
"Eu não esperava que o projeto estivesse na pauta. Mas aconteceu. Admito que foi um cochilo, porque eu sei que muitos vereadores são contrários. Agora é isso, resta ao prefeito vetar", disse.
Os vereadores aprovaram, em votação simbólica na tarde de quarta-feira (28) o projeto que revoga o rodízio, de autoria do vereador Adílson Amadeu (PTB). A assessoria de imprensa da Prefeitura informou, por meio de nota, que aguarda o envio da proposta para análise.
O líder do governo na Câmara, vereador Arselino Tatto (PT), porém, garantiu que o projeto será vetado.
A votação simbólica no plenário da Câmara, que ocorre quando não há registro nominal de votos, foi rápida e o resultado foi anunciado pelo presidente José Américo (PT) em menos de um minuto. O projeto de lei, de 2006, estava fora da pauta desde 2007, quando foi votado pela primeira vez.
saiba mais
O vereador Adilson Amadeu (PTB) afirmou que o rodízio não cumpre mais o
papel por ocasião de sua implantação, pois quem tem condições adquiriu
mais de um carro para circular nos dias da restrição. - Prefeitura de SP sanciona lei que pode excluir carros híbridos de rodízio
- CET instala placas para sinalizar área do rodízio em SP
- Estudo da CET diz que rodízio deve se estender por mais 371 km de vias
- Câmara de SP aprova projeto que exclui policiais do rodízio
- Projeto que troca multa de rodízio por alerta em SP é vetado, diz vereador
- Estudo da CET diz que rodízio deve se estender por mais 371 km de vias
Além disso, o vereador alega ainda que cerca de 2,5 milhões de veículos circulam de forma irregular na cidade sem que haja qualquer tipo de fiscalização para retirá-los da rua. O vereador considera que o rodízio se transformou num caça-níquel.
"Precisamos que os marronzinhos façam educação no trânsito".
Para Sérgio Ejzenberg, especialista em transporte, acabar com o rodízio é uma ideia "estapafúrdia". "Não tem estudo, não tem base, é uma opinião", disse. Ele afirma que a solução para o trânsito passa por investimentos no transporte de massa.
A aprovação do fim do rodízio acontece no momento em que a Secretaria dos Transportes estuda justamente o contrário, uma forma de ampliar o rodízio para outras avenidas além do Centro expandido. Um estudo da CET mostrou que o rodízio deve se estender por mais 371km de vias.
Carros híbridos
A votação ocorre na mesma semana que o prefeito aprovou lei de incentivo ao uso de carros elétricos e híbridos. A regulamentação pode excluir esse tipo de veículo do rodízio municipal. A Secretaria Municipal de Transportes informou que, até o momento, não há previsão de quando o benefício começa a valer nem como será feita a fiscalização.
A lei também prevê a devolução integral do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), referente aos cinco primeiros anos de tributação do veículo em questão. Os benefícios, no entanto, estão restritos a automóveis de valor igual ou inferior a R$ 150 mil. O reembolso será definido na regulamentação.
Restrições
O rodízio restringe a circulação de veículos no Minianel Viário da cidade nos períodos da manhã, das 7h às 10h, e da tarde, das 17h às 20h, de acordo com o final da placa e o dia da semana. Nesta quarta, por exemplo não podem circular os veículos com placa final 5 e 6 e, na quinta, finais 7 e 8.
O Minianel Viário, conhecido como Centro expandido, é formado pelas marginais Tietê e Pinheiros, avenidas dos Bandeirantes e Afonso D'Esccragnole Taunay, Complexo Viário Maria Maluf, avenidas Tancredo Neves e das Juntas Provisórias, Viaduto Grande São Paulo e avenidas Professor Luís Inácio de Anhaia Melo e Salim Farah Maluf.
O motorista que circula em locais e horários não permitidos comete infração de trânsito de nível médio, que resulta em multa de R$ 85,13 e acréscimo de quatro pontos na carteira de habilitação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário