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Dilma entre dois apoios no maior colégio eleitoral do país: Padilha, o poste de Lula, e Paulo Skaf, do PMDB.
Em jantar com líderes do PMDB, a presidente Dilma Rousseff ressaltou a importância de derrotar o
governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), nas eleições deste ano e disse
contar com o partido aliado para interromper a hegemonia dos tucanos, que
governam o Estado há quase duas décadas. A Folha obteve uma gravação com a íntegra do discurso de
cerca de 25 minutos que Dilma fez a dirigentes, congressistas e governadores
peemedebistas reunidos no Palácio do Jaburu, sede da Vice-Presidência da
República.
Em sua fala, a presidente afirmou que o candidato do PMDB em
São Paulo, o líder empresarial Paulo Skaf, é parte da "fórmula" para
levar a disputa ao segundo turno. "Temos duas candidaturas, uma que é a do
ex-ministro [Alexandre] Padilha [PT], e o Skaf. Acredito que é essa a fórmula
do segundo turno", disse. "Quero enfatizar esse fato, a gente não
pode ser ingênuo e não perceber o que significa uma derrota dos tucanos em São
Paulo, sendo bem clara."
Depois de emplacar a petista como sua sucessora em 2010 e
derrotar o PSDB na disputa pela Prefeitura de São Paulo em 2012, o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva trata a eleição de Padilha como sua
prioridade nas eleições estaduais deste ano. Segundo o Datafolha, no fim do ano
passado Alckmin tinha 43% das intenções de voto, Skaf estava com 19% e Padilha
aparecia com 4%.
Os petistas estimularam a candidatura de Skaf por algum
tempo com base no raciocínio de que ele seria útil para dividir o eleitorado
tucano e levar a eleição paulista ao segundo turno, onde Padilha acredita ter
lugar garantido por causa da força do PT. Mas a demora do ex-ministro para
decolar nas pesquisas tem levado os petistas a tentar minar a candidatura de
Skaf, com medo de que o PT fique fora do segundo turno. No jantar com o PMDB,
Dilma não fez distinção entre Skaf e Padilha e não disse quem prefere na
disputa. (Folha de São Paulo)
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