Ex-governador criticou Dilma e disse que país seguiu 'caminho errado'.
Pré-candidato do PSB participou de evento em Ribeirão Preto nesta quarta.
Pré-candidato
à presidência do Brasil, Eduardo Campos (PSB) fez críticas à política
inflacionária do governo Dilma durante visita a Ribeirão Preto
"É importante que se perceba que, se o Brasil continuar neste caminho errado que a presidenta Dilma colocou o Brasil, vai derreter as conquistas que tivemos nos últimos anos", disse Campos.
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"Na medida em que a inflação eleva o preço dos produtos, o trabalhador vai às compras e não consegue comprar. Se o comércio vende menos, vai comprar menos da indústria. Quando a indústria para de vender, ela começa a demitir. E assim temos menos pessoas para comprar. Essa é a roda que a presidenta colocou para rodar no Brasil. A roda do baixo crescimento, inflação em alta, juros em alta, num país que tem 60% das famílias endividadas", complementou.
Durante sua passagem por Ribeirão Preto, o ex-governador ressaltou que os três primeiros anos de governo de Dilma foram os piores da história da República em relação ao crescimento econômico. O PSB, partido presidido por Eduardo Campos, apoiou a administração Dilma e ocupou assentos na Esplanada dos Ministérios até o ano passado, quando rompeu com o governo para lançar candidatura própria.
"A inflação parou o Brasil. Esses três anos são os três anos de mais baixo crescimento de toda a história da República brasileira. Não existe, na história republicana, um período de baixo crescimento como esse. O Brasil pegou o caminho errado e parou de melhorar", enfatizou.
Na visão do presidenciável, é necessário que o Brasil adote uma política econômica de contenção da inflação e dos juros para voltar a crescer. Ele defende que uma 'boa governança macroeconômica' seria a saída para reverter a atual situação.
"Quem é assalariado vê hoje sua renda corroída pela inflação e pelo juro alto. O desemprego na indústria e no setor canivieiro é o arrocho que estamos vivendo hoje. É preciso boa governança para melhorar", conclui.
Biocombustíveis
Eduardo Campos também criticou a postura do governo federal em relação aos biocombustíveis. Segundo o pré-candidato do PSB, os erros do governo refletem diretamente no fechamento de usinas de cana-de-açúcar e no aumento do desemprego no setor.
"A agricultura da cana-de-açúcar vive um drama severo. Na região de Ribeirão Preto, quase 40 usinas fecharam e outras 17 pediram recuperação judicial. Isso já está impactando inclusive na indústria de equipamentos. Não há mais demandas para reparos e inovação", afirma.
Nesta quarta, Dilma anunciou em Brasília o aumento, de 5% para 7%, da mistura de biodiesel no óleo diesel. A medida visa a atender reivindicação do setor sucroalcooleiro.
Outro alvo das críticas de Campos ao governo federal foi com relação ao uso da energia do bagaço da cana-de-açúcar. De acordo com o ex-governador pernambucano, não há incentivos do Executivo federal para estimular essa produção.
"Metade das usinas que poderiam estar fonecendo energia – em tempos que a energia está faltando – não produzem porque o governo não toma atitudes de prestigiar o setor e a co-geração a partir do bagaço da cana, que é fonte renovável, limpa e importante para atravessar essa crise energética", declarou.
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