quinta-feira, 29 de maio de 2014

Política para inflação de Dilma vai 'derreter' conquistas, diz Campos






Ex-governador criticou Dilma e disse que país seguiu 'caminho errado'.


Pré-candidato do PSB participou de evento em Ribeirão Preto nesta quarta.



Fernanda Testa Do G1 Ribeirão e Franca


Pré-candidato à presidência do Brasil, Eduardo Campos (PSB) fez críticas à política inflacionária do governo Dilma durante visita a Ribeirão Preto (Foto: Alexandre Sá/EPTV)Pré-candidato à presidência do Brasil, Eduardo Campos (PSB) fez críticas à política inflacionária do governo Dilma durante visita a Ribeirão Preto 
O pré-candidato do PSB à Presidência da República, Eduardo Campos, voltou a criticar nesta quarta-feira (28) a política inflacionária adotada pelo governo da presidente Dilma Rousseff (PT). Em visita a Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, o ex-governador de Pernambuco afirmou que a inflação e os juros em alta podem "derreter" as conquistas que o país obteve nos últimos anos. 

"É importante que se perceba que, se o Brasil continuar neste caminho errado que a presidenta Dilma colocou o Brasil, vai derreter as conquistas que tivemos nos últimos anos", disse Campos.

 
"Na medida em que a inflação eleva o preço dos produtos, o trabalhador vai às compras e não consegue comprar. Se o comércio vende menos, vai comprar menos da indústria. Quando a indústria para de vender, ela começa a demitir. E assim temos menos pessoas para comprar. Essa é a roda que a presidenta colocou para rodar no Brasil. A roda do baixo crescimento, inflação em alta, juros em alta, num país que tem 60% das famílias endividadas", complementou.

Durante sua passagem por Ribeirão Preto, o ex-governador ressaltou que os três primeiros anos de governo de Dilma foram os piores da história da República em relação ao crescimento econômico. O PSB, partido presidido por Eduardo Campos, apoiou a administração Dilma e ocupou assentos na Esplanada dos Ministérios até o ano passado, quando rompeu com o governo para lançar candidatura própria.

"A inflação parou o Brasil. Esses três anos são os três anos de mais baixo crescimento de toda a história da República brasileira. Não existe, na história republicana, um período de baixo crescimento como esse. O Brasil pegou o caminho errado e parou de melhorar", enfatizou.

Essa é a roda que a presidenta colocou para rodar no Brasil. A roda do baixo crescimento, inflação em alta, juros em alta, num país que tem 60% das famílias endividadas"
Eduardo Campos, pré-candidato do PSB à Presidência
Na visão do presidenciável, é necessário que o Brasil adote uma política econômica de contenção da inflação e dos juros para voltar a crescer. Ele defende que uma 'boa governança macroeconômica' seria a saída para reverter a atual situação.

"Quem é assalariado vê hoje sua renda corroída pela inflação e pelo juro alto. O desemprego na indústria e no setor canivieiro é o arrocho que estamos vivendo hoje. É preciso boa governança para melhorar", conclui.

Biocombustíveis
 
Eduardo Campos também criticou a postura do governo federal em relação aos biocombustíveis. Segundo o pré-candidato do PSB, os erros do governo refletem diretamente no fechamento de usinas de cana-de-açúcar e no aumento do desemprego no setor.


"A agricultura da cana-de-açúcar vive um drama severo. Na região de Ribeirão Preto, quase 40 usinas fecharam e outras 17 pediram recuperação judicial. Isso já está impactando inclusive na indústria de equipamentos. Não há mais demandas para reparos e inovação", afirma.

Nesta quarta, Dilma anunciou em Brasília o aumento, de 5% para 7%, da mistura de biodiesel no óleo diesel. A medida visa a atender reivindicação do setor sucroalcooleiro.
Outro alvo das críticas de Campos ao governo federal foi com relação ao uso da energia do bagaço da cana-de-açúcar. De acordo com o ex-governador pernambucano, não há incentivos do Executivo federal para estimular essa produção.

"Metade das usinas que poderiam estar fonecendo energia – em tempos que a energia está faltando – não produzem porque o governo não toma atitudes de prestigiar o setor e a co-geração a partir do bagaço da cana, que é fonte renovável, limpa e importante para atravessar essa crise energética", declarou.
 

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