A humilhação cresce sem parar com a
incompetência de nosso governo na gestão da Copa, que nem começou ainda,
mas já desperta a curiosidade internacional por conta de tantos atrasos
e falta de uma infraestrutura decente.
Dessa vez foi a respeitada revista alemã
Der Spiegel que estampou em sua capa a nossa vergonha. A reportagem é
sintetizada como o contraste entre o país do futebol e uma Copa do Mundo
que deve ser um fiasco. Manifestações, greves e revolta em vez de
festa. Os cidadãos estão revoltados com a corrupção e os estádios
absurdamente caros, além de sofrerem com a economia estagnada.
Não foi a primeira vez que a revista
alemã chamou a atenção para nossos problemas e dificuldades para
realizar a Copa. Outra reportagem, de dezembro de 2013, disponível aqui em inglês, mostra como nossa infraestrutura está “desabando”.
Logo na abertura, a revista diz que o
sonho de muitos brasileiros é ser jogador de futebol, mas mostra como
esse sonho encontra vários obstáculos no caminho, a começar pela péssima
infraestrutura de transportes no país. Ainda acrescenta que os clubes
de futebol estão em péssima situação financeira devido à corrupção e uma
gestão temerária.
A revista diz também que poucas pessoas
conseguem pagar pelos caros ingressos, e que o risco de violência e
criminalidade afasta muita gente dos estádios. O resultado disso tudo é
que, no país do futebol, o próprio futebol passou a ser visto por
aqueles mais educados como símbolo da incompetência e corrupção
generalizadas do país. É realmente lamentável que nós brasileiros
tenhamos que exportar sempre essa mesma imagem de desorganização para o
exterior.
Muitos celebraram quando o Brasil foi o
escolhido para realizar a Copa de 2014, achando que seria uma incrível
oportunidade de “vender” nosso país lá fora. Esqueceram que era o PT no
poder, e que ser vitrine tem também seus riscos: acabamos por mostrar o
nosso lado ruim, a incompetência do governo, a roubalheira, a revolta
popular. Também, o que esperar quando estamos a 30 dias da Copa o
governo só cumpriu 41% das obras de infraestrutura?
Rodrigo Constantino
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