Atos contrários à Copa do Mundo estão previstos em todas as cidades-sedes do Mundial. Os protestos estão também sendo articulados em outros países
jessica.brito@jornaldebrasilia.com.br
Protestos
dos Comitês Populares da Copa estão marcados, em todas as
cidades-sedes, para esta quinta-feira (15). O comitê organiza o "Dia
Internacional de Lutas contra a Copa" e irá protestar contra a
realização do torneio, além de supostas violações dos direitos humanos
cometidas em nome do Mundial.
O objetivo do movimento é retomar as manifestações de rua, da forma
como aconteceram em junho de 2013, durante a Copa das Confederações. Os
protestos também ocorrerão em outros países. Cidades como Paris,
Londres, Madri estão programadas para receber os atos. Em nota divulgada
à imprensa, um dos manifestantes afirma que direitos constitucionais
estão ameaçados. "A principal bandeira de luta do dia será a garantia da
liberdade de manifestação antes, durante e depois da Copa. Os
organizadores entendem que este direito constitucional está ameaçado por
uma série de leis anti-manifestação e pelo recrudescimento das forças
policiais", explica.
Dentre as principais razões dos protestos, estão a remoção forçada
de 250 mil pessoas por conta de obras, a violência cometida contra
moradores de rua, a elitização dos estádios, a privatização do espaço
público e a morte de oito trabalhadores na construção das arenas. Em São
Paulo, a manifestação está marcada para às 17h, na praça do Ciclista,
Av. Paulista, com destino ao estádio do Pacaembu.
Direito de manifestar
Em entrevista nesta terça-feira (13), a presidente Dilma Rousseff
disse que está garantido o direito de quem quiser manifestar, desde que
ocorram de forma pacífica, sem prejuízos à Copa. “O Brasil é um país
democrático. Se as pessoas quiserem protestar, podem, perfeitamente, mas
democracia não significa vandalismo nem, tampouco, prejuízo para o
conjunto da população”, disse.
Ela ainda garantiu a segurança reforçada durante o mundial. “Vamos
garantir a segurança. A conjunção de forças como as Forças Armadas, a
Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, as polícias Militares, a
Força Nacional de Segurança, tudo isso vai assegurar que seja feita
pacificamente. Quem quiser manifestar, pode, mas quem quiser manifestar
não pode prejudicar a Copa", afirmou a presidente.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
Nenhum comentário:
Postar um comentário