O presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL), anunciou nesta terça-feira,13, os três integrantes da CPI
da Petrobrás no Senado. Os nomes são da cota da oposição, que se recusou a
escalar seu time, num movimento de pressão pela instalação da CPI mista para
investigar a estatal com a participação dos deputados. Renan escolheu como
membros os senadores de Goiás Cyro Miranda (PSDB), Lúcia Vânia (PSDB) e Wilder
Morais (DEM). As suplências ficaram com Jayme Campos (DEM-MT) e Vicentinho
Alves (SDD-TO).
Com as indicações, o membro mais
velho da CPI, senador João Alberto (PMDB-MA), pode convocar a primeira reunião,
onde serão eleitos o presidente e o relator. A expectativa é que isso ocorra
nesta quarta-feira. O movimento de Renan atende às demandas do Palácio do
Planalto, que tem preferência pela instalação da CPI exclusiva do Senado, onde
a base aliada mais fiel proporciona um clima menos adverso durante as
investigações. "As bancadas que não indicaram seus integrantes são as
mesmas que ingressaram na Justiça para que a investigação ocorresse. Por isso e
para que não haja suposições sobre a celeridade das investigações, vejo-me
obrigado a indicar os membros da CPI", disse o presidente em plenário.
Em reação à escalação feita por
Renan, o líder do PSDB no Senado, Aloysio Nunes (SP), destacou a preferência da
oposição pela CPI mista. "Não indiquei por estar fazendo corpo mole.
Inclusive essa CPI só existiu porque nós da oposição lutamos por ela. Mas porque,
tendo conseguido superar as barreiras que o governo colocou, obtivemos um
número avassalador de deputados e, por essa razão, queremos que funcione
efetivamente a CPI mista", destacou. O presidente do DEM, senador Agripino
Maia (DEM-RN), corroborou da fala de Aloysio: "Meu partido tem decisão
formada e não vai gastar energia nenhuma com a comissão do Senado". (Estadão)
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