“CONTRIBUIR PARA A DEFESA DA DEMOCRACIA E DA LIBERDADE,
TRADUZINDO UM PAÍS COM PROJEÇÃO DE PODER E SOBERANO, DEVE SER O NOSSO
NORTE!
GEN MARCO FELICIO” - CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO CLUBE
MILITAR - CHAPA TRADIÇÃO, COESÃO e AÇÃO.
Por Marco Antonio Felício da Silva
A mesma revolta que assalta grande parcela de inúmeros
cidadãos brasileiros e que é extravasada na Internet por meio de artigos
variados, em razão dos descalabros moral, político e econômico que perpassam a
vida diária da Nação, é a mesma que, também, assalta, diariamente, a minha
mente. Entretanto, tenho dúvidas que tais descalabros tenham como origem a
genética dos brasileiros, dando margem à repetida pergunta “Que povo é esse?”.
Em princípio, a corrupção moral, em suas diversas formas,
existe em todo o mundo desde que o mundo é mundo. Não é apanágio do povo
brasileiro e de sua genética, embora distúrbios comportamentais e mentais,
também, possam incidir sobre qualquer ser humano. O que difere, de país para
país, é a maneira como tal corrupção é aceita e tratada, isto é, como é
devidamente punida e com que intensidade, rejeitando-se qualquer forma de
impunidade. E isso é resultante das ações de suas elites respectivas.
Sabemos que, em qualquer regime político e forma de governo,
democrático ou não, o povo, a grande massa, é representado, influenciado e
manipulado por suas elites que ocupam, nos diversos campos do poder, os mais
altos níveis de direção da Nação, principalmente os de natureza governamental.
Assim, creio que, no caso brasileiro, ao invés de “Que povo
é esse?”, perguntaria “Que elites são essas?” compostas por governantes,
senadores, deputados, líderes políticos, grandes empresários, donos de empresas
de comunicação, banqueiros, professores universitários, intelectuais, artistas,
profissionais liberais, militares, juízes e procuradores, entre outros, que
permitiram a ascensão e sustentam o atual estado de coisas, com ação ou
omissão, visando interesses próprios ou de grupos, uma democracia sumamente aleijada,
em que se confunde liberdade com libertinagem, em que se arrotam direitos e se
maquiam deveres, em que se privilegiam direitos humanos para criminosos e se
esquecem que tais direitos deveriam ser, especialmente, dos humanos direitos,
um Estado que se diz Democrático de Direito quando o primeiro a não cumprir a
lei, impunemente, é o próprio governo. Responderia, ainda, que são estas as
elites que conduzem o País, vertiginosamente, ladeira abaixo.
Como culpar o povo, a maior vítima de tais descalabros, por
tal situação, se é ele, em grande parte, ignorante, sem discernimento, pobre e
miserável, manipulado e influenciado por tais elites?
E nós, somos povo ou elite? Qual a nossa parcela de
culpa? Que ações de oposição a tudo isso realizamos?
Jamais, em tempo algum, como no atual e passados governos do
PT, vimos nível de corrupção, como o que grassa, desgraçadamente, na “máquina
pública”, espraiando-se e imiscuindo-se no campo privado, atingindo empresas
como a Petrobrás, fundo de pensões e instituições financeiras, loteados e
aparelhados por tal partido, usando o público com se privado fosse, buscando o
poder e pelo poder.
Aliás, comprovadamente, a política de loteamentos de cargos
em empresas públicas, cooptando o apoio de líderes políticos, sempre foi e
sempre será uma das maiores causas da corrupção endêmica que assola o País.
O que nos falta são elites, até mesmo por obrigação
constitucional, com vontade e decisão políticas de dizer um basta e de
transformar o País, propiciando ao nosso povo o que ele necessita em matéria de
necessidades básicas, principalmente, em educação, instrução e saúde e
oportunidades de trabalhar e viver com dignidade.
Precisamos de elites que exijam e façam a Justiça
presente, rápida e atuante. Elites que não permitam a impunidade qualquer que
seja o crime e seu autor. Elites que exijam e instaurem uma Democracia
diferenciada (Singapura, como exemplo), marcada por direitos e deveres e
condizente com as características e necessidades da Nação.
Marco Antonio Felicio da Silva é General de Divisão, na
Reserva.
Artigo no Alerta Total – www.alertatotal.net
Postado por Jorge
Serrão às 10:48:00
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