13 de maio de 2014 • 08h38
• atualizado às 09h12
Pelo menos dez ônibus foram depredados nas primeiras
horas da greve dos rodoviários no Rio de Janeiro nesta terça-feira.
Segundo o Rio ônibus (sindicato de empresas de ônibus do Rio), os
veículos foram atacados já nas garagens. Não há registro de pessoas
feridas.
A paralisação de hoje é a segunda realizada no Rio em
menos de uma semana. Na última quinta-feira, funcionários anunciaram a
paralisação por 24 horas. Ao todo, foram depredados 531 veículos no
primeiro ato do grupo.
“Os consórcios orientaram as empresas a entrar com
uma queixa-crime na delegacia da região em que operam, denunciando os
líderes do movimento que incitaram a violência, que foi marcado por
casos de depredação de ônibus, com mais de 500 veículos danificados.
Foram protestos organizados, nunca vistos antes no setor, que causaram
prejuízos não só às empresas, mas também à população. Os organizadores
dessa paralisação, que foi ilegal e abusiva, precisam ser
responsabilizados pelos danos que causaram a todos”, declarou, na
ocasião, o presidente do Rio Ônibus, Lélis Teixeira.
Pela segunda vez em menos de uma semana, os
rodoviários do Rio de Janeiro, que pararam por 24 horas na quinta-feira
passada, decretaram uma paralisação
Problemas na cidade
Nas ruas do centro da cidade poucos ônibus passam e os pontos estão lotados nesta terça-feira. Hélio Alfredo Teodoro, um dos líderes do movimento grevista, estima que ao menos 80% da categoria aderiu ao movimento. "Se não forem 90%. Nós queremos negociar, ninguém aqui é terrorista", afirmou.
Eles
decidiram entrar em greve depois de se reunirem sem sucesso com
representantes do sindicato da categoria, Rio Ônibus e representando das
empresas com a mediação do Ministério Público do Trabalho.
Os rodoviários não aceitam o acordo fechado entre o
sindicato e a prefeitura, que definiu aumento de 10% e R$ 140 de cesta
básica e reivindicam reajuste de 40%, auxílio alimentação de R$ 400 e o
fim da dupla função de motorista – em muitas linhas, eles exercem também
a função de cobrador.
Em nota, a Rio Ônibus informou que irá entrar com um
pedido no Tribunal Regional do Trabalho para que a paralisação seja
considerada ilegal e abusiva. Nesta madrugada, a Justiça, por meio de
uma decisão tomada pelo Plantão Judiciário, determinou que quatro
líderes da comissão de rodoviários, identificados como Hélio Alfredo
Teodoro, Maura Lúcia Gonçalves, Luís Claudio da Rocha Silva e Luiz
Fernando Mariano, devem se abster de "promover, participar, incitar
greve e praticar atos que impeçam o bom, adequado e contínuo
funcionamento do serviço de transporte público, bem como mantenham
distância das garagens das empresas consorciadas filiadas ao sindicato
(Rio Ônibus)".
A decisão foi da juíza Andréia Florêncio Berto. Ainda de
acordo com a decisão, que cita a violência praticada na última
paralisação, no dia 9 de maio, foi fixada multa de R$ 10 mil por cada
ato de descumprimento da decisão.
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