Brasília: O maior custo do Mundial
O valor investido no Mané Garrincha foi de R$ 1,6 bilhão - praticamente três vezes o valor orçado inicialmente. Em pouco mais de um ano o valor orçado foi multiplicado por três
ELEFANTE BRANCO
O Mané Garrincha receberá quatro jogos no Mundial -
Eraldo Peres / Eraldo Peres/AP Brasília não possui futebol que justifique os gastos bilionários na construção do Mané Garrincha - que menos de um ano após ser inaugurado já está sofrendo reparos e após a Copa não terá nenhuma utilidade. O desuso fará com que a grama seja substituído por mato, não
vai servir nem para estacionamento devido à falta de transporte
coletivo eficiente que ligue o 'estádio' ao centro de Brasília
O mais caro da Copa, o Estádio Nacional Mané Garrincha custou R$ 1,6 bilhão. Usado na Copa das Confederações, entrou em reformas (já existia, com outra configuração) em maio de 2011 e deveria ter ficado pronto em dezembro de 2012. Porém, só foi entregue em maio de 2013, um mês antes do torneio. Com 72.800 lugares, o Mané Garrincha substituiu o antigo estádio da cidade de Brasília, que foi completamente demolido. Seu custo total ainda deve subir. A obras do entorno estão sendo feitas, e a previsão é que chegue a R$ 1,9 bi. O Mané Garrincha é público, pertence ao governo do DF. O futebol local não é forte, e o desafio é não deixar o estádio virar elefante branco. [o Distrito Federal não possui clubes disputando campeonato nas séries A, B, e C do Brasileirão.]
Obras dentro do cronogramaNo Aeroporto Internacional de Brasília, já privatizado, esperava-se para a Copa a ampliação do terminal de passageiros (Pier Sul e Norte), novas pontes de embarque, nova sala vip, ampliação do estacionamento de veículos e novo viaduto para aeronaves. Até agora, no Pier Sul, dez novas pontes de embarque já foram entregues e estão em funcionamento. Também foram concluídos a ampliação do estacionamento de 1.200 para 3.100 vagas, a nova área de acesso ao saguão de embarque, a sala vip e o novo viaduto para aeronaves. O Pier Norte será concluído no fim deste mês, com mais oito pontes de embarque.
VLT nunca saiu do papel
No Distrito Federal, as obras de transporte ficaram aquém do que foi previsto na matriz de responsabilidades da Copa. Em 2010, a matriz firmada entre os governos federal e do DF incluía duas obras de transporte que facilitariam o acesso ao aeroporto: o veículo leve sobre trilhos (VLT) e a ampliação da via que leva ao terminal. Somente a última ficou pronta e foi entregue na semana passada. As obras do VLT nunca andaram e foram retiradas da matriz. Algumas outras intervenções de transporte foram feitas. A mais visível é o Expresso DF Sul, um corredor de ônibus ligando o Plano Piloto à região do Gama.
Fonte: O Globo
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