De acordo com o resultado da análise de escutas telefônicas entre Byron e Cachoeira, o delegado foi o responsável, ao vazar informações, por frustrar as operações da PF conhecidas como Apate e Via Real.
Investigações revelaram que Fernando Byron mantinha contatos
telefônicos com integrantes do grupo do empresário e tinha como
objetivo repassar informações sigilosas ao líder.
A Justiça Federal em Goiás recebeu nova denúncia contra o empresário
Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Dessa vez o crime é
violação de sigilo funcional. A denúncia tem relação com as
investigações da Operação Monte Carlo, deflagrada em fevereiro de 2012.
O ex-delegado Fernando Antônio Hereda Byron Filho também foi indiciado.
Ele trabalhava na Polícia Federal e foi demitido em setembro de 2013
devido à sua suposta relação com o grupo liderado por Cachoeira.
As investigações revelaram que Byron mantinha contatos telefônicos com
integrantes do grupo e tinha como objetivo repassar informações
sigilosas ao líder. O então delegado de primeira classe teria tido pelo
menos dez encontros com Cachoeira.
Byron responde na Justiça Federal a ações penais por improbidade
administrativa. Ele iniciou suas atividades no Departamento da PF em
Anápolis, uma das bases de atuação de Carlinhos Cachoeira, tendo feito
apreensões de máquinas de jogos na cidade. Cooptado pela organização, o
delegado então supostamente passou a revelar dados sigilosos obtidos em
razão de sua função e a patrocinar interesses privados na Administração
Pública. Em troca, receberia benefícios financeiros da quadrilha de
Cachoeira.
O crime de violação de sigilo funcional é punido com detenção de seis
meses a dois anos de prisão ou multa. Os acusados terão dez dias para
apresentar suas defesas.
Fonte: THIAGO BURIGATO - Jornal Opção - 13/05/2014 - -BLOG do SOMBRA
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