terça-feira, 13 de maio de 2014

Lula e Dilma violam mais uma vez a Lei Eleitoral; uso de bens e de recursos públicos para campanha caracteriza improbidade administrativa. Até onde eles vão?




Então vamos ver. Luiz Inácio Lula da Silva, que vocês sabem quem é, foi convidado para inaugurar a Unilab (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira). Trata-se de uma instituição federal, que fica em São Francisco do Conde, a 60 km de Salvador e, ora vejam, funciona desde fevereiro de 2013. Então ficamos assim: 

o Apedeuta inaugurou o já inaugurado — o que não chega a ser surpreendente.


De todo modo, ele estava numa espaço publico, financiado pelo governo federal — e isso quer dizer que o dinheiro que sustenta aquela atividade pertence a todos os brasileiros —, e aproveitou a ocasião para cometer um crime eleitoral óbvio:

a: atacou as oposições;  

b: defendeu a reeleição de Dilma Rousseff.


Ora, o dinheiro que financia a universidade pertence aos eleitores que votam no PT; o dinheiro que financia a universidade pertence aos eleitores que votam no PSDB; o dinheiro que financia a universidade pertence aos eleitores que votam no PSB; o dinheiro que financia a universidade pertence aos eleitores que não votam em ninguém, que não comparecem às urnas, que se abstêm, que anulam o seu voto. O dinheiro que financia a universidade, em suma, pertence ao público.


É evidente que Lula, ao atacar a oposição e ao defender a reeleição de Dilma Rousseff, está usando um bem público em favor de um partido e de uma candidatura, e a direção da universidade, que permitiu esse absurdo, sem mostrar sinais de desconforto, cometeu crime eleitoral — além, insista-se, de incidir em improbidade administrativa.


Disse Lula: “A Dilma, além de ser uma mulher inteligente e competente, é uma de nós. Ela está lá porque nós quisemos e vai ficar lá porque nós queremos”. Que “nós” é esse a quem ele se refere? Na sua cabeça, é o PT. Ele já começa a achar que o eleitor é desnecessário.


Na solenidade, estavam, pasmem!, o governador da Bahia, Jaques Wagner (PT) e os ministros da Educação e da Igualdade Racial, Henrique Paim e Luiza Bairros, todos do PT. Na plateia, militantes com a bandeiras do partido e funcionários públicos com camisetas vermelhas distribuídas pelos petistas. Um acinte e um deboche.


Em Minas, quem mandou a lei para o lixo foi Dilma Rousseff. Ao assinar a autorização para uma obra pública — que é de competência federal —, aproveitou para atacar, ainda que de modo oblíquo, as gestões tucanas no Estado.


Não adianta! Essa gente realmente acredita que é a dona dos recursos públicos, a dona do país, a dona das leis. Lá na Bahia, Lula afirmou que a eventual reeleição de Dilma será “a desgraça da oposição”. Como se nota, este senhor não considera que na alternância de poder é parte constitutiva do regime democrático. Nada disso! Ele quer destruir o outro.


Um político que dissesse um troço como esse nos EUA estaria liquidado para sempre. Por aqui, alguns o chamarão de gênio.


Por Reinaldo Azevedo

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