Folha de pagamento equivale a 105% do orçamento da universidade.
Reitor Marco Antonio Zago escreveu carta em março relevando crise.
Cidade Universitária, Universidade de São Paulo:
vista do novo prédio da Reitoria
A assessoria de imprensa da USP informou que o processo de contratação da empresa terá início agora, por isso ainda não é possível divulgar mais informações.
No fim do mês de março, o reitor enviou uma carta aos professores e funcionários da USP expondo a crise financeira que a instituição atravessa. Segundo Zago, a reserva de R$ 3,61 bilhões que a USP possuía em junho de 2012, caiu para R$ 2,31 bilhões no mês de abril deste ano. A perda foi de R$ 1,3 de bilhão.
Para conter a crise, o reitor suspendeu todas as novas contratações de pessoal por tempo indeterminado, incluindo as substituições de aposentados ou demitidos. Também estão suspensas as novas construções, independente de prioridade ou interesse acadêmio. "Simplesmente não há recursos para atender a novos prédios", diz o reitor na carta.
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Segundo Zago, o uso da reserva do dinheiro não é atribuído à construção
de novos prédios e aos programas de internacionalização, e sim, à
dificuldade de arcar com a folha de pagamento que atinge 105% do
orçamento da universidade. "No ritmo em que as coisas vinham
acontecendo, essa reserva tinha data certa para acabar", escreveu o
reitor.Zago diz que o "cerne da dificuldade é que a USP saiu, em 2011, de uma relação que estava próxima de 80% para gastos com pessoal e 20% para investimentos e outros custeios (considerada saudável para uma universidade) para uma relação que ultrapassou a casa dos 100% para pessoal no ano de 2013."
"Isso significa que cada licitação feita por uma Unidade de Ensino e Pesquisa para manter as suas atividades normais terá que onerar, necessariamente, a reserva que ainda resta para a Universidade."
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