quarta-feira, 4 de junho de 2014

Dilma afirma que não há condições de visitar os EUA ainda, diz agência




Declaração foi dada durante jantar com a imprensa estrangeira nesta terça.


Ida a Washington em 2013 foi cancelada após escândalo de espionagem.

Da EFE
A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira (3) que "ainda não existem condições para uma visita de Estado a Washington", que estava prevista para o ano passado e foi cancelada depois da revelação do escândalo de espionagem dos americanos pelo ex-técnico da Agência Nacional de Segurança (NSA, sigla em inglês) dos EUA, Edward Snowden.

"As relações com os Estados Unidas são boas" e "não sofreram nenhuma interrupção" pelo escândalo de espionagem, mas ainda é necessário "um sinal de que isso não voltará a se repetir", afirmou Dilma durante um jantar no Palácio da Alvorada para correspondentes da imprensa estrangeira, entre eles a Agência EFE.

"Temos todo o interesse em fazer essa visita de Estado", declarou a presidente, que também esclareceu que tem uma relação de "muito respeito" com o presidente americano, Barack Obama.

No entanto, disse que os governos dos dois países estão em uma fase de "namoro" e que a visita de Estado só acontecerá quando estiverem mais perto do "casamento".
Dilma confirmou que receberá em Brasília o vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, no próximo dia 16. Biden também vem ao país para assistir uma partida da seleção dos Estados Unidos na Copa do Mundo.

A presidente explicou que Brasil e Estados Unidos, apesar das ações de espionagem reveladas por Snowden, que afetaram tanto suas comunicações como as de alguns ministros e empresas, mantêm uma "sociedade estratégica".

Também reiterou que, quando decidiu cancelar a visita de Estado que faria a Washington no dia 23 de outubro, foi de comum acordo com Obama, com quem então conversou "durante mais de uma hora por telefone" para tentar esclarecer o tema da espionagem.

No entanto, declarou que até hoje "ninguém" lhe disse quais informações foram acessadas pelos espiões americanos e quais seriam as consequências do monitoramento de suas comunicações.

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