quarta-feira, 4 de junho de 2014

Campos pede ajuda a artistas para a campanha



Josias de Souza
Eduardo Campos, presidenciável do PSB, jantou com cerca de uma centena de artistas, na noite desta terça-feira. Estava acompanhado de sua companheira de chapa, Marina Silva. Organizado pelo tio de Campos, o diretor de cinema Guel Arraes, o repasto ocorreu no Jockey Club Brasileiro, no bairro da Gávea, Zona Sul do Rio.

Campos fez um apelo aos presentes. Disse que ele e Marina precisam de ajuda. Explicou que não falava apenas de engajamento dos artistas na sua campanha. Antes do voto ou da gravação de depoimentos de apoio, afirmou o candidato, precisamos que as pessoas que movimentam a cena cultural ajudem a animar a sociedade brasileira para o debate.

Campos revelou-se especialmente preocupado com o desencantamento da juventude. Insinuou que Dilma Rousseff e as forças que a apoiam buscam uma eleição com baixa participação, sobretudo dos eleitores jovens. A pedido dos artistas, repórteres e fotógrafos não tiveram acesso ao encontro. Muitos dos comensais tocam projetos culturais patrocinados por estatais e bancos oficiais.

Longe dos refletores, Campos repisou críticas que vem fazendo ao governo federal em entrevistas e manifestações públicas. Ouviram-no pessoas como Marcos Palmeira, Beth Goffmann, Marco Nanini, Eriberto Leão e Alceu Valença. Sob Dilma, disse o candidato do PSB, o Brasil enveredou por um caminho perigoso.

Reiterou que, na política, a presidente tornou-se refém dos acordos que firmou com representantes da velha política. Algo que leva, segundo suas palavras, a uma convivência constrangedora. Até setembro do ano passado, o PSB do orador integrava o condomínio oficial, ocupando dois ministérios. Antes, sob Lula, o próprio Campos frequentara a Esplanada, como ministro da Ciência e Tecnologia (2004 a 2005).


Na economia, realçou o presidenciável do PSB, Dilma erra a ponto de comprometer a estabilidade da moeda e de colocar em risco as conquistas sociais obtidas pelo pedaço mais pobre da sociedade brasileira. Campos fez menção à deterioração dos indicadores de segurança pública. Falou de uma certa impaciência que leva o brasileiro a desejar mudança.


De resto, Eduardo Campos afirmou que sua parceria com Marina, com pouco tempo de propaganda na tevê e sem a estrutura dos rivais, terá o desafio de percorrer o que chamou de caminho mais duro. Marina explicou que optou por se juntar a Campos porque não deseja disputar o poder pelo poder.  Na parte final do encontro, a dupla respondeu a perguntas da plateia.


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