De acordo com a filha Miruna Kayano, o parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, favorável à prisão domiciliar, foi um reconhecimento de que a situação clínica dele inspira cuidados, conforme os familiares têm alertado desde novembro; mas ainda representa pouco para ele, que apresentou, após seu retorno ao complexo penitenciário da Papuda, em 1º de maio, uma piora nos níveis de coagulação sanguínea
Por Hylda Cavalcanti, da Rede Brasil Atual
Brasília – O parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, favorável ao retorno de José Genoino ao regime de prisão domiciliar em razão do seu estado de saúde é visto como uma vitória pelos familiares do ex-deputado, que continuam preocupados com seu estado de saúde. No momento, a família espera o julgamento, por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), do agravo regimental impetrado pelos advogados de defesa pedindo a mudança de regime.
De acordo com a filha Miruna Kayano, o parecer de Janot foi um reconhecimento de que a situação clínica dele inspira cuidados, conforme os familiares têm alertado desde novembro. Mas ainda representa pouco para a situação do parlamentar, que apresentou, após seu retorno ao complexo penitenciário da Papuda, em 1º de maio, uma piora nos níveis de coagulação sanguínea.
“Meu pai continua com o índice de coagulação muito baixo, o que é preocupante, pois aumenta o risco de AVC. Esperamos de verdade que a partir dessa decisão da PGR seja julgado o agravo regimental. Queremos que isso se decida logo, pois cada minuto conta. A cada semana a saúde do meu pai vai piorando”, afirmou Miruna.
Miruna também alertou, em conversa com a reportagem da RBA, que o pai precisa de uma série de cuidados que o presídio não tem como oferecer. Em maio, o médico do ex-deputado, Geniberto Paiva Campos, declarou que em razão de ter tido um pequeno derrame (acidente vascular hemorrágico), o ex-parlamentar precisa tomar um anticoagulante que afina o sangue e evita a formação de trombos (coágulos que podem chegar a obstruir a passagem do sangue para áreas nobres do organismo).
Para que esse anticoagulante tenha o efeito desejado, é preciso que se atinja o nível ideal no sangue do paciente. O índice de regularização normatizada internacional (RNI) necessário é entre os níveis 2 e 3. O de Genoino, segundo o médico, estaria pouco abaixo de 2, dias antes de ele retornar ao presídio da Papuda. No último dia 21, o índice apresentou redução para 1,06.
“Foi um resultado grave e preocupante. Meu pai tem novo risco de sofrer um AVC”, afirmou Miruna.
Em seu parecer, Janot enfatizou que há dúvidas sobre as garantias de que Genoino terá atendimento médico adequado no presídio da Papuda. O procurador enfatizou que o Estado tem o dever de garantir a integridade física do preso e, por isso, é favorável a que seja acatado o novo recurso da defesa para revisão do regime.
O advogado do ex-parlamentar, Luiz Fernando Pacheco, defende que José Genoino cumpra prisão domiciliar definitiva por apresentar cardiopatia grave e não ter condições de cumprir pena em um presídio, por ser “paciente idoso, vítima de dissecção da aorta”.
Segundo Pacheco, o sistema penitenciário não tem condições de oferecer tratamento médico adequado ao ex-parlamentar.
Brasília – O parecer do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, favorável ao retorno de José Genoino ao regime de prisão domiciliar em razão do seu estado de saúde é visto como uma vitória pelos familiares do ex-deputado, que continuam preocupados com seu estado de saúde. No momento, a família espera o julgamento, por parte do Supremo Tribunal Federal (STF), do agravo regimental impetrado pelos advogados de defesa pedindo a mudança de regime.
De acordo com a filha Miruna Kayano, o parecer de Janot foi um reconhecimento de que a situação clínica dele inspira cuidados, conforme os familiares têm alertado desde novembro. Mas ainda representa pouco para a situação do parlamentar, que apresentou, após seu retorno ao complexo penitenciário da Papuda, em 1º de maio, uma piora nos níveis de coagulação sanguínea.
“Meu pai continua com o índice de coagulação muito baixo, o que é preocupante, pois aumenta o risco de AVC. Esperamos de verdade que a partir dessa decisão da PGR seja julgado o agravo regimental. Queremos que isso se decida logo, pois cada minuto conta. A cada semana a saúde do meu pai vai piorando”, afirmou Miruna.
Miruna também alertou, em conversa com a reportagem da RBA, que o pai precisa de uma série de cuidados que o presídio não tem como oferecer. Em maio, o médico do ex-deputado, Geniberto Paiva Campos, declarou que em razão de ter tido um pequeno derrame (acidente vascular hemorrágico), o ex-parlamentar precisa tomar um anticoagulante que afina o sangue e evita a formação de trombos (coágulos que podem chegar a obstruir a passagem do sangue para áreas nobres do organismo).
Para que esse anticoagulante tenha o efeito desejado, é preciso que se atinja o nível ideal no sangue do paciente. O índice de regularização normatizada internacional (RNI) necessário é entre os níveis 2 e 3. O de Genoino, segundo o médico, estaria pouco abaixo de 2, dias antes de ele retornar ao presídio da Papuda. No último dia 21, o índice apresentou redução para 1,06.
“Foi um resultado grave e preocupante. Meu pai tem novo risco de sofrer um AVC”, afirmou Miruna.
Em seu parecer, Janot enfatizou que há dúvidas sobre as garantias de que Genoino terá atendimento médico adequado no presídio da Papuda. O procurador enfatizou que o Estado tem o dever de garantir a integridade física do preso e, por isso, é favorável a que seja acatado o novo recurso da defesa para revisão do regime.
O advogado do ex-parlamentar, Luiz Fernando Pacheco, defende que José Genoino cumpra prisão domiciliar definitiva por apresentar cardiopatia grave e não ter condições de cumprir pena em um presídio, por ser “paciente idoso, vítima de dissecção da aorta”.
Segundo Pacheco, o sistema penitenciário não tem condições de oferecer tratamento médico adequado ao ex-parlamentar.
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