O Ibovespa dispara nesta abertura, movido pela pesquisa
Datafolha de hoje. Apesar de mostrar queda dos adversários da presidente da
República, Dilma Rousseff, o levantamento mostra Dilma com queda de 37% para
34% e, segundo operadores, amplia as chances de segundo turno.
Às 10h30, o índice da Bolsa paulista avançava 2,78%, para
52.992 pontos. Petrobras PN ganhava 5,7% e Vale PNA tinha elevação de 1,3%.
Um profissional de um grande banco estrangeiro diz que sua
visão sobre os próximos passos do Ibovespa mudou após a pesquisa. Segundo ele,
o que poderia ser um mês de lado, sem grandes sobressaltos, pode se mostrar
mais movimentado do que o esperado, em função dessa queda. “O número
surpreendeu. O mercado esperava que Dilma se estabilizasse num patamar mais
próximo dos 40%”, afirma esse analista. (Valor Econômico)
Datafolha: Aécio é o candidato da mudança desejada por 74% dos brasileiros.
Clique na imagem para ampliar. O que Datafolha mostra? Aécio na
frente de Dilma como o líder que pode levar o país à mudança. O tucano
tem 21% contra 16% da petista. 74% quer ações diferentes do presidente.
Em resumo: querem um novo presidente. E a pesquisa indica que Aécio
Neves é o nome.
O pessimismo com o futuro da
economia disparou e bateu recorde, mostra a mais nova pesquisa Datafolha.
Segundo o levantamento, 36% dos brasileiros acham que a situação vai piorar nos
próximos meses --taxa oito pontos maior que a da pesquisa anterior, do início
de maio.
É a primeira vez que o grupo dos
pessimistas supera o dos que acham que tudo fica como está --opinião compartilhada
hoje por 32%.
O Datafolha entrevistou 4.337
pessoas entre terça (3) e quinta (5) em 207 municípios. A margem de erro do
levantamento é de dois pontos para mais ou para menos.
O levantamento mostra aumento no
número de pessoas que está com medo da inflação e até do desemprego, indicador
ao qual o governo tem se agarrado para sustentar que a situação econômica não é
tão ruim quanto apontam os seus críticos.
Em comparação com a pesquisa de
maio, o conjunto das pessoas que acreditam em aumento do desemprego nos
próximos meses cresceu seis pontos e atingiu 48%, recorde sob Dilma, somente
inferior aos 59% registrados em março de 2009, no auge da crise financeira
global, no governo do ex-presidente Lula.
Nos últimos meses, as montadoras
intensificaram a concessão de férias coletivas, o que pode ter contribuído para
aumentar a sensação de que o emprego corre perigo.
No campo da inflação, apesar das
promessas de Brasília de que os preços ficarão sob controle, 64% da população
pensa o contrário e acha que a inflação vai subir.
Com isso, o medo do aumento do
custo de vida volta ao patamar recorde de abril, depois de cair no levantamento
do mês passado e dar a impressão de que o pessimismo com a inflação tinha
começado a diminuir.
Como consequência, aumentou
também o medo de empobrecer. A porcentagem de brasileiros que espera diminuição
no poder de compra dos salários cresceu de 34% para 38%. Esse índice era de 28%
em novembro do ano passado e vem subindo.
A aprovação ao governo da
presidente Dilma Rousseff caiu, aproximando-se do ponto mais baixo a que sua
popularidade chegou no ano passado, em meio às manifestações de rua de junho.
Datafolha: diferença de Aécio para Dilma no segundo turno é de apenas 4 pontos.
O fato mais importante da pesquisa Datafolha é que a diferença entre
Dilma e Aécio, no segundo turno, agora, não é de 8 pontos. Na verdade, é
de apenas 4 pontos, considerando-se que se o candidato tucano
conquistar estes eleitores e a petista perdê-los, haverá um empate entre
os dois. Observem que nos últimos três meses, Dilma perdeu 12 pontos no
segundo turno e Aécio ganhou 11 pontos. Quanto mais conhecido fica o
candidato do PSDB, mais cai a a atual presidente da República.
Datafolha confirma tendência de queda de Dilma: com apenas 34%, perdeu 30% das intenções de voto nos últimos três meses.
Ao desabar de 44% para 34%, Dilma perdeu cerca de 30% das intenções de voto de fevereiro a junho.
Pesquisa Datafolha concluída nesta quinta-feira (5) confirma
a lenta tendência de queda de intenções de voto pela reeleição da presidente
Dilma Rousseff. Em relação a maio, data do levantamento anterior, ela variou de
37% para 34%. Desde fevereiro, já caiu dez pontos percentuais.
Os principais adversários da petista, porém, não estão
conseguindo tirar proveito disso. Juntos, eles somavam 38% na pesquisa
anterior. Agora, recuaram para 35%. Em relação a maio, os dois principais rivais de Dilma
variaram negativamente. O senador Aécio Neves (MG), pré-candidato do PSDB à
Presidência, oscilou um ponto para baixo. Agora está com 19%.
Movimento mais brusco ocorreu com o ex-governador de
Pernambuco Eduardo Campos (PSB), que recuou quatro pontos. Com 7%, ele aparece
em situação de empate técnico com o Pastor Everaldo Pereira (PSC), 4%.
A nova rodada do Datafolha mostra que o que cresceu de forma
notável entre maio e agora foi o total de eleitores que não sabem em quem
votar, de 8% para 13%. Além disso, outros 17% afirmam que pretendem votar nulo,
em branco ou em nenhum dos candidatos apresentados.
Combinados, esses números podem ser um sinal de forte
desalento em relação à disputa. Na comparação com os mesmos períodos de
eleições anteriores, a atual taxa de eleitores sem candidato (30%) é recorde
desde 1989.
A pesquisa sugere que esse comportamento do eleitor é um
reflexo do aumento do pessimismo da população com os rumos da economia do país
e da deterioração das expectativas com inflação, emprego e poder de compra, que
também fizeram cair a aprovação ao governo Dilma. O Datafolha entrevistou 4.337 pessoas entre terça (3) e
quinta (5) em 207 municípios. A margem de erro do levantamento é de dois pontos
para mais ou para menos.
A disputa eleitoral deste ano também poderá ficar marcada
por uma forte tendência de clivagem regional. O maior contraste está entre os
nove Estados da região Nordeste e os quatro do Sudeste. No Nordeste, cujo apoio
foi decisivo para a eleição da presidente em 2010, Dilma ostenta ampla vantagem
sobre seus adversários: 48% para a petista contra 11% de Eduardo Campos e 10%
de Aécio.
No Sudeste, a disputa está mais apertada. Na região mais
populosa do país, Dilma tem 26% e aparece em situação de empate técnico com
Aécio, que foi governador de Minas Gerais e tem 25%. Campos, que governou
Pernambuco, tem 4%. (Folha de São Paulo)
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