Há
duas outras considerações importantes que devem ser feitas sobre a
pesquisa Datafolha. O pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo
Campos, está minguando.
Nos últimos tempos, Campos decidiu se distanciar
do tucano Aécio Neves e acentuou aquele seu discurso que sempre me
pareceu muito difícil: proteger o lulismo e concentrar seus ataques em
Dilma Rousseff.
A queda de 4 pontos é bastante acentuada. O que dizer?
Marina Silva já lhe rendeu muita dor de cabeça, ajudando a desfazer
alguns palanques que o PSB estava construindo e, até agora ao menos,
voto nenhum.
Campos,
nitidamente, se atrapalhou. Segundo a pesquisa Datafolha, no grupo das
pessoas que consideram o governo Dilma ruim ou péssimo, os votos em
Aécio cresceram de 27% há dois meses para 31%, informa o Painel da
Folha. No caso de Campos, aconteceu o contrário: ele tinha 15% das
intenções de voto nessa categoria e agora só tem 10%. Tudo indica que o
ex-governador de Pernambuco terá de voltar à prancheta e repensar a sua
estratégia.
Para ficar
naquela geografia tradicional, cumpre notar que um Campos que se
situava um pouco mais, digamos à direita, com um sotaque um tantinho
mais conservador, parecia despertar mais interesse do que esse do último
mês, com uma inflexão mais à esquerda e aparentemente ainda mais à
sombra de Marina Silva, que pensa em apoiar, em São Paulo, imaginem
vocês!, a candidatura do PSOL ao governo do Estado.
A surpresa que tem explicação
Sabem quem surpreende? Pastor Everaldo, do PSC, que aparece com 4% dos votos. Só emprego esse verbo porque ele aparece ali, colocado entre os partidos ditos nanicos. Pois é. Há no Brasil mais de 140 milhões de eleitores. Se o Datafolha estiver certo, Everaldo contaria hoje com 5,6 milhões de votos. É um patrimônio e tanto a ser disputado no segundo turno.
Ainda que
ele seja tratado com preconceito aqui e ali, a verdade é que é um homem
inteligente, articulado, que não faz o figurino exótico de muitos
postulantes de legendas chamadas de “nanicas”. O programa nacional do
PSC levado à televisão falava coisa com coisa e assumiu, sem qualquer
receio ou medo de patrulha, um discurso que, na Europa ou nos Estados
Unidos, seria chamado de saudavelmente conservador.
Aos
7min35s do vídeo que segue abaixo, Everaldo ataca o governo estatizante e
deixa claro: seu partido é privatizante. Aprecio a sua coragem.
Com uma máquina de porte razoável na mão, Eduardo Campos tem 7% dos votos. O
Pastor Everaldo está com 4% sem ter sido governador de Estado nenhum ou
contar com o apoio de outros governadores. Convém prestar atenção. Ele
pode, sim, fazer uma grande diferença nesta eleição.
Comentário
"Por um Brasil com princípios" é um ótimo Slogan.
Anônimo
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