Maior central sindical do País, a CUT, dirigida por Vagner Freitas, divulga nota favorável à greve dos metroviários; paralisação provocou segundo dia de caos em São Paulo e elevou a tensão nos dias que antecedem a Copa do Mundo; Freitas também criticou a ação da polícia que atirou bombas de gás lacrimogêneo na estação Ana Rosa, que chegou a ser fechada por grevistas; "A CUT entende que o governador de São Paulo-SP, Geraldo Alckmin, precisa agir com mais responsabilidade, tanto na condução da negociação com os representantes do Sindicato dos Metroviários, que não é filiado a nenhuma central sindical, quanto com a população da cidade", diz ele; se a greve persistir até quinta-feira, chegada ao Itaquerão será prejudicada
SP 247 - A greve dos metroviários, que provocou o segundo dia consecutivo de caos em São Paulo e elevou a tensão pré-Copa do Mundo, ganhou o apoio da Central Única dos Trabalhadores.
Segundo o presidente da entidade, Vagner Freitas, a paralisação é legítima. Freitas também condenou a ação policial, que reprimiu com bombas de gás lacrimogênio grevistas que paralisaram a estação Ana Rosa, em São Paulo.
O movimento dos metroviários é extremamente sensível, uma vez que os trens são o meio mais eficiente para se chegar ao Itaquerão, palco da abertura da Copa do Mundo, na próxima quinta-feira – o maior temor da Fifa é que os torcedores não consigam se instalar a tempo para a partida inaugural do torneio.
Leia, abaixo, a nota divulgada pelo presidente da CUT:
Todo apoio à greve dos Metroviários de São Paulo
Vagner Freitas, presidente nacional da CUT
A CUT – Central Única dos Trabalhadores é solidária à greve dos/as trabalhadores/as do Metrô de São Paulo e também à população que utiliza o transporte coletivo. Todos nós defendemos um transporte público de qualidade com trabalhadores/as dignamente remunerados.
A CUT entende que o governador de São Paulo-SP, Geraldo Alckmin, precisa agir com mais responsabilidade, tanto na condução da negociação com os representantes do Sindicato dos Metroviários, que não é filiado a nenhuma central sindical, quanto com a população da cidade.
Quatro milhões de pessoas estão sendo prejudicadas pela inabilidade do governo na negociação com a categoria.
As reivindicações são justas, do ponto de vista econômico e social. É uma greve reivindicatória por melhores condições de trabalho e salário para os/as metroviários/as, que só foi deflagrada, como último recurso, porque não houve um processo de negociação democrático satisfatório entre as partes.
Foi com greves como essa que os/as companheiros/as rodoviários/as e os professores municipais de São Paulo conquistaram reajustes salariais acima de 10%.
A CUT repudia veementemente a violência policial ao movimento grevista dos metroviários de São Paulo. Polícia tem de proteger o cidadão, o trabalhador e a trabalhadora. Não foi isso que a Tropa de Choque fez hoje. Para a CUT, o governador tem o dever de abrir negociações sérias com a categoria.
A greve é um direito legítimo conquistado pelos/as trabalhadores/a e não pode ser repremida com força policial e a solução tem de ser negociada.
A CUT se coloca à disposição, tanto para a direção do Sindicato como para o governo do Estado de SP e, principalmente, para os/as metroviários/as de São Paulo, para contribuir na solução desse conflito.
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