Prima de Campos desiste de candidatura e critica PSB
Vereadora do Recife Marília Arraes (PSB) anunciou que vai retirar sua pré-candidatura à Câmara Federal; prima de Eduardo Campos, ela afirmou estar "insatisfeita" com os processos internos de escolha de pré-candidatos socialistas, a exemplo da indicação do ex-secretário da Fazenda Paulo Câmara para disputar o governo de Pernambuco, e criticou a aliança de Campos com o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB); a polêmica na eleição para a diretoria da Juventude Socialista Brasileira (JSB) envolvendo João Campos, filho do ex-governador de Pernambuco, "foi a gota d'água" para Marília desistir do pleito; segundo ela, o seu partido tem pensado "no poder pelo poder"
Pernambuco 247 - A vereadora do Recife Marília
Arraes (PSB) anunciou que vai retirar sua pré-candidatura à Câmara
Federal nas eleições de outubro.
Prima do ex-governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, a socialista afirmou estar "insatisfeita" com os processos internos de escolha de pré-candidatos socialistas, a exemplo da indicação do ex-secretário da Fazenda Paulo Câmara para disputar o Governo de Pernambuco, e criticou a aliança de Campos com o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB).
Nessa semana, a polêmica nas eleições para a diretoria da Juventude Socialista Brasileira (JSB) envolvendo João Campos, filho do ex-chefe do Executivo pernambucano, "foi a gota d'água" para Marília desistir do pleito. Segundo ela, a sua legenda tem pensado "no poder pelo poder".
Em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (06), a peessebista afirmou que todas as decisões eleitorais estavam sendo tomadas apenas pela alta cúpula do PSB, da qual Campos, como presidente nacional da legenda, faz parte. "Hoje em dia, o PSB está formando chapa mais por razões eleitorais que por convicção ideológica.
Há algum tempo eu percebo que os conceitos e os ideais do PSB não estão sendo colocados em prática pela sua cúpula", declarou a socialista. "Isso se reflete em todo o partido. As minhas observações apontam que o movimento interno do PSB é oposto ao da democracia que tanto pregamos. Existe uma tendência para uma imposição de ideias em lugar de diálogo", acrescentou.
A vereadora criticou também a forma como o ex-secretário Paulo Câmara foi escolhido como cabeça de chapa do PSB para disputar o Palácio do Campo das Princesas, afirmando que o pré-candidato "é uma pessoa ótima", mas que muitos socialistas "não haviam participado do processo de escolha".
Outro motivo de divergência entre Marília e o PSB é a aliança com o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), inimigo político histórico da sigla socialista, que se reaproximou de Campos em 2012. O parlamentar estaria pleiteando uma vaga na Câmara Federal, mesmo posto almejado por Marília.
"Eu não vou ajudar [Jarbas]", disse Marília, em referência aos votos que poderiam ser redistribuídos para o peemedebista caso Marília alcançasse uma votação expressiva.
A parlamentar comentou sobre a eleição da JSB, e voltou a afirmar que havia algo errado no processo. "Existia sim algo fora de ordem, já que poucos dias depois houve o recuo da imposição que denunciamos no Facebook e o processo voltou a correr livre como deveria ter sido desde o princípio. Para mim, esse episódio foi a gota d'água para fazer o copo transbordar. Essa história na JSB não é um fato isolado. Ele está dentro de um contexto muito maior. E que todos nós do Estado vimos percebendo nos últimos tempos", criticou.
A prima de Campos afirmou ainda que as articulações políticas do PSB são um reflexo de que a sigla tem pensado no "poder pelo poder". Apesar das críticas contra a legenda, Marília evitou falar de Campos, declarando ainda que as relações familiares estão mantidas e que as divergências são apenas políticas. Apesar dos motivos destacados por Marília, nos bastidores, a informação é de que a socialista estaria saindo porque não conseguiu o apoio mínimo para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.
Na última terça-feira (3), Marília escreveu uma carta aberta contra o processo de eleição do JSB no Facebook. Segundo ela, o processo estaria sendo "comprometido", devido à uma "articulação para que outro jovem, sem envolvimento na juventude partidária, assuma o posto de Secretário Estadual da JSB-PE, por meio do qual terá assento na Executiva Estadual do PSB", em uma crítica velada a João Campos.
Diante da polêmica, o filho de Eduardo Campos disse, por meio de nota, que não disputará mais o cargo, porque a sua prioridade é concluir o curso de Engenharia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Segundo ele, qualquer passo neste sentido somente acontecerá quando ele se sentir "pronto".
O jovem negou, também, haver interferências no processo de escolha democracia interna. "Ser filho e bisneto de quem sou me orgulha muito, mas não é o suficiente para, neste momento, me fazer candidato", afirmou.
Prima do ex-governador de Pernambuco e presidenciável pelo PSB, Eduardo Campos, a socialista afirmou estar "insatisfeita" com os processos internos de escolha de pré-candidatos socialistas, a exemplo da indicação do ex-secretário da Fazenda Paulo Câmara para disputar o Governo de Pernambuco, e criticou a aliança de Campos com o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB).
Nessa semana, a polêmica nas eleições para a diretoria da Juventude Socialista Brasileira (JSB) envolvendo João Campos, filho do ex-chefe do Executivo pernambucano, "foi a gota d'água" para Marília desistir do pleito. Segundo ela, a sua legenda tem pensado "no poder pelo poder".
Em entrevista coletiva, nesta sexta-feira (06), a peessebista afirmou que todas as decisões eleitorais estavam sendo tomadas apenas pela alta cúpula do PSB, da qual Campos, como presidente nacional da legenda, faz parte. "Hoje em dia, o PSB está formando chapa mais por razões eleitorais que por convicção ideológica.
Há algum tempo eu percebo que os conceitos e os ideais do PSB não estão sendo colocados em prática pela sua cúpula", declarou a socialista. "Isso se reflete em todo o partido. As minhas observações apontam que o movimento interno do PSB é oposto ao da democracia que tanto pregamos. Existe uma tendência para uma imposição de ideias em lugar de diálogo", acrescentou.
A vereadora criticou também a forma como o ex-secretário Paulo Câmara foi escolhido como cabeça de chapa do PSB para disputar o Palácio do Campo das Princesas, afirmando que o pré-candidato "é uma pessoa ótima", mas que muitos socialistas "não haviam participado do processo de escolha".
Outro motivo de divergência entre Marília e o PSB é a aliança com o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), inimigo político histórico da sigla socialista, que se reaproximou de Campos em 2012. O parlamentar estaria pleiteando uma vaga na Câmara Federal, mesmo posto almejado por Marília.
"Eu não vou ajudar [Jarbas]", disse Marília, em referência aos votos que poderiam ser redistribuídos para o peemedebista caso Marília alcançasse uma votação expressiva.
A parlamentar comentou sobre a eleição da JSB, e voltou a afirmar que havia algo errado no processo. "Existia sim algo fora de ordem, já que poucos dias depois houve o recuo da imposição que denunciamos no Facebook e o processo voltou a correr livre como deveria ter sido desde o princípio. Para mim, esse episódio foi a gota d'água para fazer o copo transbordar. Essa história na JSB não é um fato isolado. Ele está dentro de um contexto muito maior. E que todos nós do Estado vimos percebendo nos últimos tempos", criticou.
A prima de Campos afirmou ainda que as articulações políticas do PSB são um reflexo de que a sigla tem pensado no "poder pelo poder". Apesar das críticas contra a legenda, Marília evitou falar de Campos, declarando ainda que as relações familiares estão mantidas e que as divergências são apenas políticas. Apesar dos motivos destacados por Marília, nos bastidores, a informação é de que a socialista estaria saindo porque não conseguiu o apoio mínimo para disputar uma vaga na Câmara dos Deputados.
Na última terça-feira (3), Marília escreveu uma carta aberta contra o processo de eleição do JSB no Facebook. Segundo ela, o processo estaria sendo "comprometido", devido à uma "articulação para que outro jovem, sem envolvimento na juventude partidária, assuma o posto de Secretário Estadual da JSB-PE, por meio do qual terá assento na Executiva Estadual do PSB", em uma crítica velada a João Campos.
Diante da polêmica, o filho de Eduardo Campos disse, por meio de nota, que não disputará mais o cargo, porque a sua prioridade é concluir o curso de Engenharia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Segundo ele, qualquer passo neste sentido somente acontecerá quando ele se sentir "pronto".
O jovem negou, também, haver interferências no processo de escolha democracia interna. "Ser filho e bisneto de quem sou me orgulha muito, mas não é o suficiente para, neste momento, me fazer candidato", afirmou.
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