sexta-feira, 6 de junho de 2014

Marinho cede à pressão e pede licença de Tribunal

247 – Saiu. Flagrado com US$ 2,7 milhões em sua conta bancária na Suíça, o conselheiro Robson Marinho finalmente cedeu às pressões e pediu licença de sete dias do Tribunal de Contas do Estado. Trata-se de uma licença prêmio, portanto, remunerada. Segundo investigadores suíços, o dinheiro, que foi bloqueado, vem de propinas pagas pela Alstom para que Marinho favorecesse a multinacional em um contrato no setor de energia.


Há poucas chances de o ex-chefe da Casa Civil do tucano Mario Covas voltar ao TCE após a licença. Os juízes do tribunal demonstraram desconforto com a presença dele, em razão da carga de provas de corrupção. Político da velha guarda, falastrão e desafiador, o ex-presidente da Assembleia Legislativa, no entanto, resistia às pressões. Ele não irá participar da reunião de hoje do TCE.


A saída de Robson Marinho tende a acelerar o inquérito que trata do esquema montado pela Alstom e a Siemens para corromper a cúpula dos setores de energia e transportes dos últimos governos paulistas.


A Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, do Ministério Público, requereu à Justiça, duas semanas atrás, imediato afastamento do conselheiro de suas funções. O MP tem inquérito em curso sobre improbidade contra Marinho.

Em sua última participação como conselheiro do TCE, Marinho lançou, de maneira irônica, frases de elogios em direção ao também conselheiro Renato Martins Costa. 


-  É efetivamente um conselheiro que tem caráter, retidão. Merece meu respeito e minha admiração. É um conselheiro que cumpre com a sua palavra, disparou. Ameaça velada de contar o que sabe?

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