Comprei um desses para minha filha quando ela era menor. Um golfinho inflável para brincar na piscina. Custou pouco mais de R$ 50. Vejam como é lindo:
Mas há quem pense que algo assim pode ser uma incrível obra de arte, e pague por uma “escultura” dessas US$ 5 milhões.
Estamos falando, claro, da febre das feiras de arte contemporânea, em
que bilionários ensandecidos disputam a tapas verdadeiras porcarias
avaliadas em milhões de dólares. Vejam:
Já cansei de atacar aqui
no blog essa maluquice que chamam de arte contemporânea, um verdadeiro
“vale tudo” em que quanto mais bizarro for o objeto, mais valor ele
parece ter para os colecionadores. Entendo que lavagem de dinheiro possa
fazer parte do processo, mas não acho que explique nem de perto sua
totalidade.
Há algo mais em jogo, algo que começou
com a arte moderna, e que foi relativizando todo conceito de beleza, de
obra de arte atemporal, transcendental. Os diferentes movimentos foram
incutindo na cabeça das pessoas que “tudo é arte”, ou seja, nada mais é
arte. E muitos aceitaram de forma pouco crítica tal bobagem. Deu nisso…
PS: Está à venda o golfinho da minha filha. Aos interessados eventuais, o valor é de apenas R$ 500 mil. Uma bagatela!
Rodrigo Constantino
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