Comparando junho de 2010 com junho de 2014 pela pesquisa CNI-Ibope,
surge o número que mais têm colocado o PT em pânico. Há quatro anos,
Dilma tinha 38,2% de intenções de voto. Era desconhecida por boa parte
dos eleitores.
Era o poste do Lula. Depois de quatro anos no poder, com
ampla exposição na mídia, com a máquina na mão, sendo conhecida por 100%
dos brasileiros, hoje Dilma tem o mesmo percentual de intenções de
voto: 39%. E quem não é conhecido é Aécio, por 20% dos brasileiros. E
Eduardo Campos, por 25% dos eleitores. E a campanha não começou. E a
tendência é de queda. É de pavor o clima dentro do PT.
Comparativo CNI-Ibope 2010 x 2014 bota PT em pânico (4).
A aprovação do governo Dilma por área de atuação é uma catástrofe. Em
nenhuma dimensão de governo o PT consegue uma boa avaliação de mais da
metade dos brasileiros. Áreas como taxa de juros, combate à inflação,
saúde e segurança pública são desaprovadas por 4 a cada 5 brasileiros.
Em relação ao quadro de 2010, os índices, na média, caem pela metade.
Pode-se dizer que Dilma é meio Lula. O povo não reconhece nenhuma das
"medalhas" do PT, entre elas Pronatec, Prouni e Mais Médicos. Estas
avaliações têm colocado o núcleo petista em pânico.
Comparativo CNI-Ibope 2010 x 2014 bota PT em pânico (3).
Outro ponto que está colocando o PT em desespero. Em junho de 2010, Lula
tinha a confiança de 81% dos brasileiros.
Em junho de 2014, Dilma
alcança apenas a metade da marca de Lula. E menos da metade dos
brasileiros confiam na presidente petista. Apenas 41%. Mais da metade os
eleitores não confiam em Dilma e a tendência é que este número aumente.
Em três meses, a petista perdeu 7 pontos, mesmo com um verdadeiro
massacre midiático e com cadeias nacionais convocadas e medidas
eleitoreiras tomadas.
Não faltou exposição da figura e das realizações
de Dilma. Mas o que assusta o PT é que quanto mais ela aparece e quanto
mais ela tenta mostrar resultados, menos confiança os eleitores
depositam nela.
Comparativo CNI-Ibope 2010 x 2014 bota PT em pânico(2).
Exatamente em junho de 2010, Lula alcançava uma aprovação recorde, a
maior de todos os tempos. Exatamente em junho de 2014, Dilma chega ao
fundo do poço. Hoje a petista tem praticamente a metade da aprovação que
Lula tinha em 2010. E a sua desaprovação é cinco vezes maior da que a
do petista.
Estes resultados têm levado a campanha do PT ao desespero,
especialmente Lula. A estratégia do medo não funcionou. A estratégia do
ódio não funcionou. A estrategia da vitimização não funcionou. Dilma
segue desabando.
Aprovação de governo é, neste momento, mais importante
do que intenção de voto. A intenção de voto ocorre com a campanha
eleitoral. Deriva da aprovação do governo e da governante. E o quadro é o
pior possível para Dilma.
Comparativo CNI-Ibope 2010 x 2014 bota PT em pânico (1).
O pânico tomou conta da campanha de Dilma Rousseff. Pela primeira vez, a
avaliação de um governo ruim e péssimo ultrapassa a de ótimo e bom. Nem
durante as manifestações de rua de um ano atrás a avaliação foi tão
negativa. Isto após um período de intenso uso da máquina pública e de
centenas de milhões gastos em propaganda oficial. Além da Copa do Mundo
estar sendo realizada no país do futebol.
A comparação do governo Lula
em junho de 2010 com o governo Dilma em junho de 2014 é avassaladora. À
época, Lula tinha 75% de ótimo-bom, 20% de regular e apenas 3% de
ruim-péssimo. Hoje Dilma tem apenas 31% de ótimo-bom, 34% de regular e
33% de ruim e péssimo.
Os dois gráficos mostram uma realidade
impressionante, uma verdadeira deterioração da imagem do governo
petista, praticamente impossível de reverter nos próximos quatro meses.
Maioria dos brasileiros acha governo Dilma ruim ou péssimo e não confiam na petista.
A avaliação positiva do governo
da presidente Dilma Rousseff caiu de 36% para 31% de acordo com a pesquisa
CNI-Ibope divulgada ontem. É a primeira vez desde o início de sua administração
que Dilma vê o índice de ótimo ou bom ser superado pelo percentual de
pesquisados que avalia seu governo de forma negativa. A soma dos que consideram
ruim ou péssimo o governo da presidente chegou ao nível recorde de 33%.
Nem mesmo no auge das
manifestações de junho do ano passado houve este cruzamento de curvas. A
presidente começa a corrida eleitoral lidando com um nível de rejeição a seu
governo sem precedentes desde que tomou posse.
.
Com esta faixa de aprovação
popular e este nível de desaprovação, o segundo turno nas eleições
presidenciais de outubro é inexorável, e a pesquisa de intenção de voto do
Ibope já sinaliza isso. Dilma obteve 39% das intenções de voto, ante Aécio
Neves (PSDB), com 21%; Eduardo Campos (PSB) com 10%; Pastor Everaldo (PSC) com
3%; Magno Malta (PR) com 2% e José Maria (PSTU), com 1%. A soma dos demais
candidatos atinge 3%.
Em termos de rejeição, 32% dos pesquisados afirmam que não votariam
em Aécio em hipótese alguma. No caso de Eduardo Campos, o percentual é de 33%.
Quando se trata de Dilma, a rejeição é diferenciada: 43% afirmam que não
votarão nela em qualquer hipótese. Na região Sul, onde vota Dilma, a rejeição é
de 56%. No Sudeste, é de 47%. No Norte-Centro Oeste é de 46%. A única região
onde a rejeição da petista é baixa é o Nordeste, com 28%.
O nível de conhecimento dos
rivais de Dilma ainda é relativamente baixo. Enquanto a presidente é
desconhecida por apenas 1%, Campos é desconhecido por 25% dos entrevistados.
Aécio é uma incógnita para 20% que diz não o conhecer o suficiente ou não poder
opinar.
Aécio tem mais força no Sul, onde
empata estatisticamente com Dilma, conseguindo 26%, ante 30% da presidente; e
um enorme flanco no Nordeste, uma região do Brasil onde está em terceiro lugar,
com 8% das intenções de voto, ante 13% de Campos. Na região, Dilma tem 52%. Do
ponto de vista de composição de chapa visando a ganhos eleitorais, a pesquisa
mostra que a hipótese do tucano escolher um político do Nordeste para ser seu
vice na chapa faz sentido.
A pesquisa mostra que ainda é
expressivo o contingente eleitoral de desiludidos com todas as opções. Na
pesquisa espontânea, o total que promete votar brancos e nulo atinge 16%,
superior à soma das menções de Aécio e Campos. Na pesquisa estimulada, atinge
13%. Nas simulações de segundo turno, oscila entre 19% e 21%. Ainda é um
resquício dos eventos de junho do ano passado. Em junho de 2010, pesquisas da
época do Ibope mostravam apenas 7% dispostos a votar branco ou anular, menos da
metade do patamar atual. A desilusão segue o caminho da oposição: é maior no
Sul e no Sudeste, nos segmentos de maior renda e de maior escolaridade.
Dilma deve ser oficializada
amanhã candidata à reeleição pelo PT e a pesquisa mostra que a presidente terá
uma tarefa árdua para defender seu governo: mesmo com a menor taxa de
desemprego aberto da história recente do país, a percepção popular mostra uma
desaprovação das políticas do governo para o setor de 57%. A avaliação negativa
das políticas governamentais de combate à fome e à pobreza se consolidou com
53% de desaprovação, em que pese a propaganda oficial do "Brasil sem
Miséria". A rejeição ao desempenho governamental na saúde atingiu inéditos
78%, em que pese a aposta da presidente feita no programa Mais Médicos, do ano
passado.
Para o gerente executivo de
pesquisa e competitividade da CNI, Renato da Fonseca, as quedas na avaliação do
governo e da presidente Dilma refletem a insatisfação da população com o quadro
econômico do país, mesmo após uma série de anúncios dirigidos a diferentes
segmentos da população brasileira, desde beneficiários do programa Bolsa
Família a empresários e representantes do setor produtivo.
"A situação econômica não
está boa, o consumo e a confiança, e não só dos empresários, mas também dos
consumidores, vêm caindo. Nunca estiveram tão baixos os índices", disse o
representante da CNI. "As pessoas estão com baixa confiança, estão com
maior preocupação com a inflação, começaram a sentir a inflação, e isso afeta,
independente de medidas e dos anúncios", completou.
A pesquisa também mostrou que as
denúncias envolvendo a Petrobras podem estar afetando a imagem do governo.
Entre as notícias mais lembradas pelos entrevistados, "corrupção ligada
diretamente ao governo federal" foi mencionada por 14% dos entrevistados,
atrás apenas das menções a greves (17%), manifestações (36%) e Copa do Mundo
(38%). (Valor Econômico)
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