BBC Atualizado em 18 de junho, 2014 - 08:31
Uma análise no jornal britânico The Guardian, nesta quarta-feira, resume o que considera ter sido a primeira rodada da Copa no Brasil: "Gols, emoções e vilões, um torneio para saborear".
Ele avalia que o desempenho dentro de campo é contaminado pelo ambiente no Brasil, "um país contagiante, onde mesmo trancado sozinho em um cômodo com ar-condicionado, a atmosfera do lado de fora se infiltra pelos cantos da janela".
O autor afirma que, contrariando as previsões mais pessimistas, a experiência dentro dos estádios tem transcorrido sem grandes empecilhos.
Voluntários
Para ele, o mérito disso vai em grande parte para o "exército de voluntários locais, verdadeiros leões comandados por jumentos no que se refere à organização dentro dos estádios"."Eles lotam os estádios e seus entornos e frequentemente se desculpam com simpatia pelos erros cometidos por quem está acima deles: a falta de elevadores, escadas que levam a lugar nenhum, as filas, empurrões e a falta de informações."
Sobre o público nas arquibancadas, Ronay aponta a "coleção em massa de pessoas brancas e ricas", algo que não surpreende diante do fato de que apenas 400 mil dos 3,3 milhões de ingressos estavam disponíveis para brasileiros comuns, a preços bem acima de seus salários.
"Enquanto o futebol não pode ser culpado pelas mazelas sociais do Brasil, a Fifa pode e deve ser culpada por não insistir que um grande lote de ingressos tivesse sido vendido para brasileiros a um preço acessível", afirma Ronay, para quem o Brasil tem sido um "verdadeiro deleite", em que as previsões de um colapso aéreo e caos logístico não se cumpriram.
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