Aí
está o "Plano Jurong" de vento em popa. Essa história é o verdadeiro
rolo compressor, a locomotiva que tem movido todos os planos do GDF. Mas
pelo que temos visto até agora, é provável que nem PDOT, LUOS ou PPCUB
dialoguem com os delírios do "Brasília 2060", com destaque para a
"Cidade Aeroportuária" para 718 mil habitantes e o "Centro Financeiro
Internacional" para 300 mil habitantes.
Matéria do Correio Braziliense
Publicação: 28/06/2014 04:00
Em busca de investimentos Governo
lança projeto para o crescimento do DF nos próximos 50 anos. Objetivo é
descentralizar o desenvolvimento e diversificar a economia. Com as
ações, PIB anual pode aumentar 1,3% e cerca de 4,5 milhões de pessoas
devem vir para a região
Queiroz reuniu secretários de Estado e representantes de consultoria que ajudou na elaboração do plano |
Posicionar a capital federal como uma cidade global e competitiva, com maior qualidade de vida à altura do Brasil, é o objetivo do Plano Estratégico e Estrutural para os próximos 50 anos — Brasília 2060.
O
governador do DF, Agnelo Queiroz, lançou o projeto, na manhã de ontem,
ao lado dos secretários de Estado e dos integrantes da empresa Jurong
Consultants Pte, de Cingapura, responsável pela parte técnica do estudo.
O Brasília 2060 custou ao GDF cerca de R$ 8,4 milhões e começou a ser
preparado em 2012. O investimento é alto, segundo o governo, para um
resultado grande. Com o custo total previsto de R$ 235 bilhões, o
objetivo é ampliar o PIB anual da região em 1,3%.
Para tanto, espera-se aumentar o fluxo de investimentos privados e estrangeiros, promover o desenvolvimento descentralizado, diversificar a economia da região e, ao mesmo tempo, preservar a área do Plano Piloto, tombada pela Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) como patrimônio cultural da humanidade. “Para nós, significa a retomada do plano da capital e da missão Cruls, que demarcou o espaço de Brasília. Não é possível mais tratar a cidade por quatro anos, com uma gestão pensando em eleição. Temos que pensar na próxima geração”, disse o governador Agnelo Queiroz.
O plano prevê a expansão de três diferentes polos do DF. São eles: o Polo de Desenvolvimento JK, em Santa Maria, o Centro Financeiro Internacional, próximo a São Sebastião, e o novo aeroporto e cidade aeroportuária, próximo a Planaltina (Leia quadro).
De acordo com as projeções do GDF, se o Brasília 2060 sair do papel, o Produto Interno Bruto (PIB) do DF pode aumentar cerca de R$ 181 bilhões — atualmente, é de cerca de R$ 164,5 bilhões. Além disso, serão gerados mais de 790 mil empregos. “Essas áreas são polos indutores de desenvolvimento econômico sustentável, que vem acompanhado de toda a infraestrutura, com possibilidade de geração de emprego e renda, transporte e moradia”, explicou Agnelo. Segundo o governador, essas regiões serão capazes de acomodar uma população adicional de 4,5 milhões de pessoas.
Infraestrutura
De acordo com o secretário de Assuntos Internacionais, Odilon Frazão, o levantamento do custo bilionário das obras foi feito com base na expansão dessas zonas econômicas e na construção da infraestrutura necessária. “O governo tem a ideia de que a maioria do investimento será privado. Essa é a vantagem de quem planeja com antecedência e se associa com uma marca mundialmente conhecida (fazendo referência à empresa Jurong Consultants Pte, ligada ao Ministério da Indústria e Comércio de Cingapura). Os investidores internacionais produtivos passam a acreditar e a confiar no projeto.”
Dado o pontapé inicial dos estudos, os próximos passos são a criação de um comitê executivo que vai traçar um plano de ação e metas concretas, e a delimitação de marcos legais.
O governador adiantou ainda que são necessárias audiências públicas para que a sociedade possa participar e exigir um crescimento sustentável. Além isso, é fundamental rever o plano a cada 10 anos e ampliar o diálogo com o governo federal para alinhar os projetos com planos regionais e nacionais.
“Temos a base científica, sem a qual é impossível ter uma economia global e competitiva. Não podemos repetir o crescimento desordenado das grandes metrópoles do Brasil”, comentou Agnelo.
Como será o programa
O projeto Brasília 2060 integra três diferentes eixos do Distrito Federal (DF). Confira os locais definidos e a perspectiva para cada região:
Polo de Desenvolvimento JK e Centro Logístico (Santa Maria, na saída de Luziânia): » População projetada: 327 mil habitantes
» Empregos diretos: 52 mil
Centro Financeiro Internacional (próximo a São Sebastião): » População projetada: 300 mil habitantes
» Empregos diretos: 75 mil
Novo aeroporto e cidade aeroportuária (próximo a Planaltina): » População projetada: 718 mil habitantes
» Empregos diretos: 231 mil
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/cidades/2014/06/28/interna_cidadesdf,434968/governo-lanca-projeto-para-o-crescimento-do-df-
Nenhum comentário:
Postar um comentário