Logo depois da Câmara Municipal ter aprovado o Plano Diretor de São Paulo e um projeto que destina certas prédios subutilizados para moradia popular, o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) anunciou que novas invasões do grupo em São Paulo diminuirão de ritmo.
"Não faz mais sentido [com a aprovação]", disse Guilherme Boulos, coordenador do MTST em frente à Câmara Municipal no final da tarde desta segunda-feira.
A declaração foi feita a cerca de 1.500 integrantes do movimento que aguardavam a aprovação dos projetos na calçada da Câmara.
Alguns deles estavam acampados desde a última terça-feira (24) para pressionar os vereadores. O movimento cobrava a transformação do terreno Copa do Povo, em Itaquera (zona leste), em área para moradia. No entanto, nenhum dos dois projeto aprovados beneficia diretamente os sem-teto quanto a esta reivindicação.
A maior vitória do movimento foi a aprovação do projeto que estabelece que prédios subutilizados possam virar moradia. Uma emenda nele abre espaço para que o terreno de Itaquera possa ter casas construídas por meio do Minha Casa Minha Vida e outros programas. Pela modalidade "entidades" do programa federal, o próprio MTST pode construir as habitações.
O coordenador do MTST, Guilherme Boulos, afirma não temer que o movimento não seja beneficiado.
"A garantia de que as unidades vão para quem está ocupando será definida pela mobilização", disse Boulos.
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