Bruna Borges
Do UOL, em Brasília
Do UOL, em Brasília
Ex-ministro José Dirceu, em imagem de setembro do ano passado
O petista pleiteia trabalho na biblioteca do escritório do advogado José Gerardo Grossi, que já foi ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) e é um dos mais renomados criminalistas de Brasília. Pelo trabalho, Dirceu vai receber R$ 2.100 por uma jornada de trabalho das 8h às 18h, com uma hora de almoço.
Se permanecesse na Papuda, mesmo em regime semiaberto, Dirceu só poderia trabalhar internamente. O CPP concentra os presos do Distrito Federal que direito ao trabalho externo.
O despacho é assinado pela juíza Leila Cury.
Ela determinou que a Sesipe (Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal) realize a "imediata transferência" para que Dirceu comece a trabalhar conforme decidiu o STF.
O pedido de transferência ocorre após o plenário do STF derrubar a decisão de Dirceu que impedia o trabalho externo de condenados do mensalão petistas que cumprem regime semiaberto.
O ministro Joaquim Barbosa, que se despediu hoje do Supremo, havia negado pedido a Dirceu e a outros condenados do mensalão petista para deixar a cadeia durante o dia para trabalhar sob o argumento de que a lei exige o cumprimento de pelo menos um sexto da pena para conceder o benefício, o que não era o caso.
Condenado a 7 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa, Dirceu cumpre a pena no presídio da Papuda, nos arredores de Brasília, desde novembro passado.
Contrário à concessão do trabalho externo a Dirceu, Barbosa considerou que o local onde Dirceu queria trabalhar não seria adequado porque dificultaria a fiscalização do cumprimento do trabalho externo, além de considerar a proposta um "arranjo entre amigos".
Antes, o ex-ministro havia desistido de emprego como gerente administrativo de um hotel de Brasília com salário de R$ 20 mil.
6.dez.2013
- Movimentação na entrada do Complexo Penitenciário da Papuda, em
Brasília, nesta sexta-feira (6). Os quatro condenados do mensalão que
tiveram prisões decretadas nessa quinta (5) foram foram encaminhados
para o local, após se apresentarem à Superintendência da Polícia
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