1 de julho de 2014 às 19:29
O presidente do Conselho de Ética da Câmara, Ricardo Izar (PSD-SP), e
o relator do processo contra André Vargas, deputado Júlio Delgado
(PSB-MG), devem anunciar nesta terça-feira se adotarão nova estratégia
para contornar a ausência do doleiro Alberto Youssef no depoimento
previsto para amanhã. Youssef, que está preso em Curitiba, seria ouvido
por videoconferência, mas a Justiça Federal do Paraná atendeu a pedido
da defesa e cancelou a oitiva.
A decisão do juiz federal Sérgio Moro, segundo assessores do
conselho, foi baseada no que a Justiça define como “economia
processual”, pois o doleiro garantiu que não irá se pronunciar sobre o
assunto. Youssef foi indicado como testemunha tanto pela relatoria do
colegiado quanto pela defesa de Vargas.
Os parlamentares do conselho só devem falar sobre o assunto durante a
reunião de hoje, marcada para as 15h, quando o colegiado ouvirá o
deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) - o primeiro a ser inquirido no caso
de suspeita de envolvimento de Vargas com Youssef.
O conselho ainda deve manter para amanhã os depoimentos dos donos do
laboratório Labogen, Leonardo Meireles e Esdras Ferreira, suspeitos de
ter conseguido contrato com o Ministério da Saúde a partir de um pedido
de Vargas. Até o próximo dia 4, o colegiado também espera receber
informações de Bernardo Tosto, proprietário da aeronave usada por Vargas
e fretada pelo doleiro Alberto Youssef. Ele pediu para responder por
escrito.
Com essas oitivas concluídas, o relator do processo começará a
convocar as testemunhas indicadas pela defesa. O deputado vem reiterando
que vai cumprir os prazos definidos pelo regimento e tentar concluir e
votar o relatório sobre o caso antes do início do recesso parlamentar,
marcado para 17 de julho.(ABr)
Nenhum comentário:
Postar um comentário