Blog Prontidão
PF descobre que ex-diretor da Petrobras tem
passaporte português
Paulo Roberto Costa omitiu cidadania portuguesa e
entregou à polícia apenas passaporte brasileiro
A
Polícia Federal descobriu que o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos principais
alvos da Operação Lava-Jato, tem cidadania e passaporte
portugueses. Segundo uma autoridade policial, o ex-diretor não entregou o
documento à Justiça Federal, nem mesmo quando pediu para responder aos
processos da Lava-Jato em liberdade. Ele
teria devolvido o passaporte brasileiro e guardado o documento português.
Na semana passada, o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal
(STF), acolheu pedido do advogado Fernando Fernandes e mandou soltar o
ex-diretor, que estava preso desde 20 de março.
O ex-diretor foi o único dos 12
presos da Lava-Jato beneficiado pelo habeas corpus concedido por Teori. Os demais investigados, entre
eles o doleiro Alberto Youssef, continuam presos. A determinação inicial do
ministro era para soltar todos os acusados. Mas a ordem foi reconsiderada menos
de 24 horas de depois que o juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba,
alertou o ministro sobre riscos de fuga de Youssef e da também doleira Nelma
Kodama. Os dois teriam somas expressivas de dinheiro no exterior.
Para a PF, com nacionalidade e passaporte portugueses Paulo
Roberto também entra no grupo de risco de fuga. Procurado pelo GLOBO no final da manhã desta
segunda-feira, Fernando Fernandes, responsável pela defesa de Paulo Roberto,
disse que desconhecia o caso e não saberia dizer se o cliente devolveu ou não o
passaporte português. Momentos depois, enviou mensagem por telefone para dizer
que, segundo advogados de Paulo Roberto em Curitiba, o documento já foi
entregue à Justiça Federal.
Petistas blindam
Paulo Costa e fingem que fritam André Vargas para adiar efeitos negativos da
Lava Jato
O PT produz mais um jogo de cena, digno de ganhar um Oscar de
defeitos especiais, para conter os efeitos negativos da Operação Lava Jato
sobre a campanha reeleitoral. Duas
táticas são prioritárias. A primeira é manter a blindagem sobre Paulo
Roberto Costa, que sabe tudo, é já está solto. A segunda é fingir que a cúpula partidária rompeu politicamente com
o deputado Federal André Vargas, elo entre muitos políticos (principalmente do partido) e o doleiro
Alberto Youssef.
Por isso,
vazou, propositalmente, a mentirinha de
que o PT deseja ver Vargas fora do Congresso. A pressão pública para que
ele saísse do partido já mereceria um Molière do teatrinho petralha. Agora, a
insistência para que saia mesmo do PT, expulso por “infidelidade partidária”, conforme processo aberto no Tribunal
Superior Eleitoral, é uma manobra diversionista. Não dá para apagar os serviços
que Vargas fez aos petistas, em passado recente, apenas detonando-o do PT.
A cúpula petista, na verdade, deseja
ganhar tempo. Sabe
que hoje, com a apresentação dos jogadores da Seleção Brasileira ao técnico
Felipão, começa, efetivamente, a Copa do Mundo da Fifa – que terá efeitos ilusionistas sobre a política e a economia
brasileira, até a metade do mês de julho. Até lá, com a maioria esmagadora
torcendo fanaticamente pelo time da CBF, os petistas e
o governo esperam que muitas broncas, como a Lava Jato, fiquem
providencialmente abafadas. [para os
brasileiros estupidamente torçam pela
chamada seleção brasileira de futebol
até metade do mês de julho é necessário que a seleção ainda estivesse,
naquela data, disputando a Copa do Mundo e o tempo (sempre o senhor da razão)
mostrará que a chamada seleção chegará, no máximo, às Oitavas, que terminam no
primeiro dia de julho.]
No caso específico de André Vargas, os petistas não
querem que ele deponha, tão
depressa, ao
Conselho de Ética da Câmara, para tentar justificar suas relações com o doleiro
Alberto Yousseff. Para isso, uma cassação urgente de André Vargas seria um
excelente negócio. A investigação
seria suspensa automaticamente. Vargas não teria de explicar, politicamente,
qual a relação dele e do amigo doleiro com o Ministério da Saúde na gestão do
ministro Padilha. Vargas também não teria de esclarecer a suspeita de tráfico
de influência em favor do doleiro nos fundos de pensão de estatais e na Caixa
Econômica Federal.
Fonte: Blog Alerta Total - O Globo
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