A aeronave ficará voando na malha aérea por dois anos
O avião que transportará a seleção brasileira para os jogos da Copa do Mundo foi grafitado pelos artistas plásticos Gustavo e Otávio Pandolfo, osgemeos.
A aeronave ficará voando na malha aérea por dois anos e para que a pintura dure foi aplicado um verniz que protege dos raios UVA E UVB. A grafitagem aconteceu no hangar da Gol no Aeroporto de Confins, em Belo Horizonte.
Nas cores do Brasil, diversos rostos que representam a população decoram a fuselagem. O trabalho, feito em uma semana, consumiu 1,2 latas de spray de uma tinta especial chamada MTN, importada da Espanha. As asas dos aviões não foram grafitadas e por razões de segurança elas são cinzas.
O interior da aeronave não sofreu adaptação porque o avião será incorporado a frota após a Copa.
OSGEMEOS
Nascidos em 1974, em São Paulo, os gêmeos idênticos Gustavo e Otávio começaram sua trajetória na street art em meados dos anos 1980, retratando as culturas regionais do Brasil nos muros de São Paulo. O trabalho da dupla está ligado a sua vivência na cidade, o grande melting pot cultural brasileiro.
Em 1993, OSGEMEOS começaram a participar de mostras coletivas. Seis anos depois, suas criações entraram para o cenário internacional da arte urbana contemporânea, e também do circuito comercial, no Reino Unido, França, Alemanha, Portugal, Espanha, Itália, Grécia, Holanda, Cuba, Japão, China, Austrália e nos Estados Unidos, onde são representados pela Deitch Projects, a mesma galeria de Keith Haring e Jean-Michel Basquiat.
Em 2007, OSGEMEOS foram convidados a pintar o castelo histórico de Kelburn, em Ayrshire, um dos mais importantes da Escócia. Em 2008, a dupla pintou a famosa fachada, às margens do Tamisa, do prédio da Tate Modern de Londres, templo da arte contemporânea internacional. Em junho deste ano, eles coloriram, em Nova York, o grande muro pintado por Keith Haring em 1982, que imortalizou o cruzamento da Bowery com a Houston. O trabalho, uma homenagem ao 50º aniversário do artista, rendeu à dupla excelente crítica de Roberta Smith no NY Times: “Um mural fantástico e épico; um sonho de felicidade traçado à melancolia. Realismo mágico”.
Fonte: Da redação do Jornal de Brasília
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