O deputado petista que faz reunião sobre ônibus com o PCC que queima
ônibus. Já foi presidiário e cinco anos depois é milionário.
A Executiva do PT paulista decidiu abrir uma comissão
interna para ouvir as explicações do deputado estadual Luiz Moura sobre sua
participação em reunião com um grupo de integrantes do PCC, em março deste ano.
Segundo nota divulgada pelo partido nesta segunda (26), o
grupo, que irá "avaliar as denúncias feitas contra o deputado", será
composto pelo líder da bancada petista na Assembleia, João Paulo Rillo, o
deputado estadual Gerson Bittencourt, o secretário-geral Vilson Augusto e o
presidente estadual do PT, Emidio de Souza.
A assessoria da legenda afirmou que não está definido quando
a comissão iniciará seus trabalhos, quais são os prazos da investigação e as
possíveis punições. De acordo com apuração da Polícia Civil de São Paulo, Moura
se reuniu na sede de uma cooperativa de transporte, a Transcooper, com ao menos
13 membros do PCC. Entre os integrantes da facção estava um dos criminosos que
participaram do furto ao Banco Central de Fortaleza, em 2005. A polícia descobriu o encontro ao investigar ataques a
ônibus na capital paulista.
CAMPANHA
Moura teve quase um terço de sua campanha à Assembleia, em
2010, bancada pelo secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto, que
colaborou com R$ 200 mil. Em nota, o secretário disse que sua relação com Moura
"ocorre no âmbito institucional e democrático".
Em entrevista a José Luiz Datena, na TV Band, o deputado
estadual disse está sendo vítima de uma "perseguição política". "Graças a Deus, eu nunca tive ligação com nenhuma
facção criminosa. O que estão me acusando, não condiz com a realidade.
Primeiro, porque estava prestando um serviço à população da cidade de São
Paulo, fazendo que não houvesse greve", afirmou. Procurado pela reportagem, Moura não respondeu aos contatos
até a conclusão desta edição. (Folha de São Paulo)
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